Com nova fábrica no município de Itatiaia (RJ), o Brasil será a nova plataforma de exportações da Michelin para a América do Sul. A afirmação foi feita a pouco por Michel Rollier, presidente mundial da multinacional francesa Michelin, durante coletiva na 10ª Michelin Challenge Bibendum, que
RedaçãoCom nova fábrica no município de Itatiaia (RJ), o Brasil será a nova plataforma de exportações da Michelin para a América do Sul. A afirmação foi feita a pouco por Michel Rollier, presidente mundial da multinacional francesa Michelin, durante coletiva na 10ª Michelin Challenge Bibendum, que termina amanhã no Rio.
Há mais de trinta anos instalados no país, Rollier disse que com a fábrica em Itatiaia, a Michelin dobrará suas vendas da América do Sul e multiplicará seus pontos de venda no Brasil. A fábrica será uma das mais modernas do Grupo e fabricará pneus de última geração com altos desempenhos e baixo consumo de combustíveis.
Rolier revelou que o empreendimento já esta em construção no país e o primeiro pneu fabricado deverá estar pronto em 2012. De acordo com Jean-Philippe Ollier, presidente da Michelin na América do Sul, a nova fábrica conta com investimentos de cerca de R$ 400 milhões.
Ollier afirmou que esse projeto faz parte da estratégia do Grupo Michelin de se desenvolver em países com grande potencial, sobretudo, ele é uma demonstração da confiança da Michelin no estado e no país.
O executivo francês disse que a produção de pneus para caminhões da Michelin no Brasil já está no mesmo nível de 2008, com aumento de 50% sobre o mesmo período de 2009, ano de forte redução, nos contratos de fornecimento às montadoras e de 20% a 25% nas vendas para o mercado de reposição. Para o ano de 2010, a empresa prevê um faturamento no Brasil 20% a 25% maior do que o de 2009.
Na ocasião, Michel Rollier listou ainda o Brasil como prioridade estratégica do Grupo, juntamente com China e Índia. De acordo com ele, tais países tem potencial de crescimento impensável em mercados mais amadurecidos, como o europeu e o americano, não só pelo volume populacional em si, mas pela quantidade de consumidores ainda desprovidos de veículos.
"No Brasil, há uma relação de 120 veículos para cada mil habitantes. Na Europa Ocidental, essa relação é cinco vezes maior. Por essa comparação, é possível entender o potencial desse mercado. Com a nova fábrica, poderemos alcançar a liderança no segmento de pneus de turismo (passeio). Essa meta nunca foi atingida porque não tínhamos justamente capacidade instalada para isso", indicou Rollier.
Fábrica de Campo Grande
O presidente da Michelin comentou ainda sobre a fábrica da empresa em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Ele disse que a crise mundial do ano passado prejudicou muito a produção na fábrica, que tiveram os desembolsos previstos para expansão da capacidade no Brasil suspensos.
"Hoje, a empresa está mais preparada para fazer frente aos desafios da crise. Nós decidimos retomar nossos investimentos no nível normal porque, apesar das incertezas, confiamos no futuro. Pensamos que o crescimento em países como o Brasil vai continuar muito forte", justifica.
Apesar de ter produção prevista para início de 2012, Jean-Philippe Ollier indicou hoje durante a coletiva, que a fábrica já começará a produzir este ano. Mesmo com a aceleração dos projetos, a Michelin não alterou o valor dos seus investimentos previstos para o mercado brasileiro, um programa que prevê desembolso total de US$ 1 bilhão no período de 2006 a 2012.
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