Equipe econômica estuda medidas como a fixação de teto para o crescimento dos gastos públicos e fim de parte de vinculações de receitas do orçamento.
Redação/Portal BrasilA prioridade do governo Michel Temer é melhorar a deteriorada economia brasileira, em especial reequilibrar as contas públicas. A nova equipe econômica recebe um País com um rombo de cerca de R$ 142 bilhões das contas do governo em 12 meses, o equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Devido à falta de transparência, especialistas e agências de risco projetam rombo ainda maior, referente aos chamados “esqueletos fiscais”, ou seja, gastos desconhecidos que ainda não foram devidamente contabilizados, como perdas de negociações da dívida dos Estados e outras despesas extras.
Para colocar a economia no rumo correto, a equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles estuda medidas como a fixação de teto para o crescimento dos gastos públicos e fim de parte de vinculações de receitas do orçamento. Também está em estudo a defesa de uma reforma da previdência diante do envelhecimento da população e melhorias do sistema tributário.
O objetivo do novo governo é criar condições para que a dívida pública caia no médio prazo, reduzindo o endividamento e o risco do País, com transparência dos dados e consequente conquista de credibilidade entre os agentes econômicos nacionais e internacionais.
Os desafios na economia passam também pelo desemprego crescente. A taxa atingiu 10,2% no primeiro trimestre, a maior da série histórica do IBGE. São mais de 10 milhões de brasileiros sem emprego, quase 3 milhões a mais do que há um ano.
A nova equipe econômica também terá a missão de reverter outro problema que atinge diversas famílias, em especial as de baixa renda: a inflação em alta. Nos 12 meses até abril, o índice avançou 9,28%, muito acima da meta estabelecido pelo Banco Central. A meta central é de 4,5%, com tolerância máxima de 6,5%.
Para reverter esse cenário, a equipe econômica apresentará projetos para estimular o investimento e a gestão, para tornar mais eficiente a máquina pública e, ainda, retomar o crescimento econômico, gerando emprego e renda para a população.
Entre as prioridades de curtíssimo prazo está a revisão da meta fiscal para este ano, que precisa ser aprovada pelo Congresso até 22 de maio. A nova equipe já começou a recalcular a receita orçamentária do ano e a avaliar possíveis cortes de despesas.
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