Tecnologia

Método busca possíveis falhas em tubulações de petróleo

Metodologia computacional desenvolvida na Escola Politécnica da USP.

Redação / Assessoria Poli USP
27/11/2014 15:32
Visualizações: 505 (0) (0) (0) (0)

Devido tanto à fabricação, como também a avarias ocasionadas em alto-mar, as tubulações que transportam o petróleo do poço até a plataforma podem apresentar defeitos e, em alguns casos, vazamentos que culminam em danos ambientais e prejudicam o lucro das empresas. Metodologia computacional desenvolvida na Escola Politécnica (Poli) da USP avalia prováveis defeitos nessas tubulações lançadas ao mar.

Segundo Claudio Ruggieri, professor da Poli e orientador da pesquisa, o método desenvolvido neste trabalho “não só evita que essas falhas ocorram, mas também consegue afirmar que podem ser lançadas tubulações com defeitos maiores”, visto que o programa consegue estimar se esses problemas irão afetar ou não o transporte do petróleo. O projeto faz parte da tese de doutorado em Engenharia Naval de Rodolfo Figueira de Souza, que teve início no ano passado.

A pesquisa ficou em segundo lugar entre os artigos apresentados durante a competição organizada pela Sociedade Norte-Americana dos Engenheiros Mecânicos, a ASME. O evento ocorreu nos dias 20 a 24 de julho em Anaheim, nos Estados Unidos, e contou com a participação de profissionais do mundo inteiro. O trabalho foi apresentado durante as sessões técnicas e julgado por professores das melhores universidades estadunidenses e membros da indústria.

O projeto

De acordo com Ruggieri, todas as estruturas apresentam algum defeito, seja ele microscópio ou em dimensões maiores. Algumas delas, quando possuem falhas, conseguem ser reparadas de forma mais fácil, contudo, não é esse o caso dessas estruturas submarinas, pois “a profundidade da água é muito grande, cerca de 1.500 metros, uma vez que a tubulação foi lançada é muito difícil ter um reparo, devido a profundidade e as condições ambientais”, afirma.

Uma alternativa a isso é o desenvolvimento de sistemas, como o de Souza, que possam garantir que essas tubulações que serão lançadas, mesmo que contenham algum tipo de defeito, este não se expressará causando nenhum tipo de dano. “Foi realizada uma metodologia que não existia anteriormente, que nos permitiu fazer algumas previsões de tamanhos críticos de trinca para que não ocorra o defeito no duto”, explica o doutorando.

As principais falhas nessas tubulações se dão por conta ou do processo de fabricação, ou de elementos contaminantes, como é o caso do Pré-sal brasileiro, que possuí gás carbônico — que na presença de água se transforma em ácido carbônico — e o ácido sulfídrico, fazendo com que o óleo tenha certa corrosividade recorrente, o que degrada o material utilizado. Para Ruggieri, o trabalho desenvolvido por Souza “é algo bastante inovador: uma nova metodologia que tenta abordar o impacto desses defeitos nas tubulações”.

ASME

A American Society of Mechanical Engineers (ASME) é uma das entidades de classe mais antigas e reconhecidas do mundo. Anualmente, ela realiza congressos que incentivam a participação de estudantes e de jovens profissionais para o debate e a apresentação de novas tecnologias na área de Engenharia Mecânica. “É uma competição muito interessante, pois além de incentivar o aluno, ele tem contato com um congresso tecnológico de alto nível, e reúne os melhores especialistas da área”, diz o professor Ruggieri.

Souza acredita que a participação no congresso permitiu uma grande e positiva troca de ideias com pesquisadores renomados das melhores instituições de ensino no exterior. Além disso, a “experiência de participar do congresso e ser premiado como um dos melhores trabalhos na categoria foi bastante positiva, pois mostra que desenvolvemos trabalhos dentro da USP de grande significância mundial”.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Evento
Começa amanhã a Conferência Ethos 360° São Paulo
17/09/24
ROG.e 2024
Válvulas de controle aumentam produtividade e confiabili...
17/09/24
ROG.e 2024
Subsea7 reúne lideranças de principais entidades do seto...
17/09/24
PPSA
Produção de petróleo da União ultrapassa 86 mil barris p...
17/09/24
Descomissionamento
FGV Energia promove 1º Seminário de Descomissionamento O...
17/09/24
Recursos Humanos
Trabalho remoto, ESG e inteligência artificial impulsion...
17/09/24
ROG.e 2024
Foresea apresentará inovação para gabaritagem de drill p...
17/09/24
Pessoas
Flávio Loução é o novo diretor de inovação do Grupo Energisa
16/09/24
Energia Elétrica
Fórum de Eficiência Energética abre Smart Energy 2024
16/09/24
ROG.e 2024
Firjan SENAI SESI apresenta a importância dos mercados d...
16/09/24
Etanol
Hidratado despenca 4% na semana; anidro recua 2,75%
16/09/24
Itaboraí
Petrobras: 21 milhões de m³ de gás natural serão ofertad...
14/09/24
Evento
ANP participa da ExpoPostos & Conveniência 2024
13/09/24
Goiás
A Força do agronegócio e da agroindústria no desenvolvim...
13/09/24
Etanol
Atualização dos impactos das queimadas para os produtore...
13/09/24
Sustentabilidade
Bahiagás lança primeira edição do seu Relatório de Suste...
13/09/24
Negócio
Oil States conquista novo contrato de Serviços de Oficin...
12/09/24
PD&I
USP e FIT desenvolvem equipamento para avaliação da capa...
12/09/24
Oportunidade
Omni Taxi Aéreo abre vagas para piloto comandante e copi...
12/09/24
Amazonas
Petrobras e Transpetro executam ações para contribuir co...
12/09/24
Pessoas
Lefosse anuncia chegada do sócio Ricardo Nunes e amplia ...
12/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.