Conforme Sindirepa, abastecendo com o gás natural veicular é possível rodar duas vezes mais do que com a gasolina, gastando o mesmo valor
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanEm pelo menos 20 estados brasileiros já é possível perceber uma leve queda nos valores da gasolina nas bombas depois da recente redução do ICMS sobre os combustíveis. Mas, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Rio de Janeiro (Sindirepa-RJ), apesar das reduções, a gasolina continua cara e abastecer com o GNV segue mais vantajoso para os motoristas.
Levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que, na semana entre os dias 3 e 9 de julho, período em que a redução do ICMS já estava em vigor, o preço médio da gasolina no Rio de Janeiro, por exemplo, era de R$ 6,58, enquanto o valor médio do metro cúbico (m3) do GNV foi de R$ 5,11.
De acordo com estimativa do Sindirepa-RJ, para cada 1 quilômetro que o motorista roda com a gasolina ou etanol, é possível percorrer de 1,7 a 2 quilômetros com o mesmo valor gasto em GNV. Ou seja, com o gás natural, o motorista gasta a metade do valor para rodar a mesma distância com gasolina ou etanol.
“Diante disso, mesmo com o cenário atual de queda nos preços dos demais combustíveis, o GNV continua sendo mais competitivo. No estado do Rio, ao abastecer com R$ 100, o motorista percorre 287 quilômetros usando GNV. Com o mesmo valor, ao usar a gasolina, ele roda 140 quilômetros e apenas 134 quilômetros utilizando o etanol”, estima Celso Mattos, vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e presidente Sindirepa-RJ.
E o valor menor têm ajudado no aumento do consumo do GNV no estado fluminense. Conforme o Sindicato, no primeiro trimestre de 2022, a média do volume de vendas do gás natural veicular no Rio de Janeiro foi 16% maior que a média total de 2020 e 9% maior na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
“Com o objetivo de estimular ainda mais esse consumo, representantes da Firjan e do Sindirepa devem se reunir, ainda esse mês, com o governador do estado, para pleitear que o ICMS do GNV seja reduzido a zero até dezembro”, antecipa Mattos.
Menos poluente e IPVA menor
Além da economia nos gastos diários, alguns estados, como o Rio de Janeiro e Minas Gerias, oferecem descontos no IPVA para veículos que possuem kit GNV instalado. O percentual da alíquota cai de 4% (carros a gasolina ou flex) para 1,5% do valor do veículo.
“Além do desconto no IPVA, o uso do GNV também oferece benefícios ambientais. O energético emite em torno de 25% menos poluentes e gases de efeito estufa, que a gasolina, contribuindo com as metas de descarbonização e com a qualidade do ar, principalmente em ambientes urbanos”, ressalta Mattos.
Conforme dados da Firjan, no Rio, o GNV é o combustível mais procurado. O estado lidera com 62% do total de veículos, que adotam o equipamento no país. Em valores absolutos, o estado foi responsável por instalar quase três vezes mais que os demais estados brasileiros no último ano.
Dados parciais da federação indicam que, até fevereiro de 2022, houve uma alta de 80% nas instalações de GNV em todo o país, no acumulado dos últimos 12 meses. Ao observar somente o primeiro bimestre de 2022, as instalações de kit GNV cresceram 30% no Rio de Janeiro em comparação ao mesmo período de 2021 e 53% em relação a 2020, período pré-pandemia.
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