Crescimento

Mercosul Line quer até 25% do mercado na cabotagem

<P>A Mercosul Line, armador brasileiro especializado no transporte de contêineres e controlado pelo grupo dinamarquês A.P. Moller-Maersk, tem planos ambiciosos de crescimento na navegação costeira. Depois de fazer a importação de dois navios novos - a primeira operação do gênero em décadas...

Valor Econômico
29/05/2009 00:00
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A Mercosul Line, armador brasileiro especializado no transporte de contêineres e controlado pelo grupo dinamarquês A.P. Moller-Maersk, tem planos ambiciosos de crescimento na navegação costeira. Depois de fazer a importação de dois navios novos - a primeira operação do gênero em décadas no país -, a empresa pretende aumentar entre quatro e cinco vezes a participação de mercado que detém no segmento de contêineres na cabotagem.

Até 2011, a empresa planeja atingir 20% a 25% do mercado, ante apenas cerca de 5% em 2008, quando transportou 28,5 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés). Se a previsão se confirmar, considerando-se também projeções de crescimento do mercado, poderá movimentar algo como 140 mil TEUs ao ano a partir de 2011. O número considera que daqui a dois anos esse mercado no país poderá situar-se em 690 mil TEUs/ ano.

Estimativas indicam que, em 2008, o mercado brasileiro de cabotagem foi de 570 mil TEUs. Para 2009, a previsão era crescer 10%, mas depois da crise o número deverá ficar entre 5% e 10%, diz Artur Bezerra, diretor da Mercosul Line. Se o crescimento for de 5%, o mercado poderá atingir quase 600 mil TEUs este ano.

A navegação de cabotagem é um mercado disputado por poucas empresas no Brasil. Participam do negócio Aliança Navegação e Logística, da alemã Hamburg Süd, Log-In e a própria Mercosul Line. Mas as empresas, além de disputarem carga e clientes entre si, têm o transporte rodoviário, o caminhão, como grande concorrente. Os armadores presentes na cabotagem têm se esforçado, nos últimos anos, para fazer migrar carga do caminhão para o navio, mas essa não é uma tarefa simples.

Como forma não só de se manter mas de crescer no mercado brasileiro, a Mercosul Line importou via Manaus (AM) dois navios de contêineres. As embarcações, com capacidade nominal de 2,5 mil TEUs cada uma, estão em atividade nos principais portos do país. A frota escalará Santos, Paranaguá, Imbituba, Salvador, Suape, Pecém e Manaus.

A Mercosul Line não informou o valor investido para importar os navios, operação que encerrou um contencioso que a empresa tinha com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O conflito foi motivado pela construção de dois navios de contêineres encomendados pela Mercosul Line, à época controlada pela P&O Nedlloyd, ao estaleiro Itajaí, de Santa Catarina, os quais nunca ficaram prontos.

A importação de navios é taxada no Brasil com impostos de cerca de 50% sobre o valor da embarcação. Significa que se um navio custa US$ 50 milhões, paga-se US$ 25 milhões somente em impostos para fazer a nacionalização. As novas embarcações da Mercosul Line foram construídas na Alemanha. Estamos ampliando a capacidade da empresa em 3,5 vezes este ano em relação à 2008, com um acréscimo médio de 60 mil TEUs sobre o ano passado, disse Bezerra.

Segundo ele, a capacidade de transporte de contêineres frigorificados aumentou sete vezes. Cada navio tem 268 tomadas para cargas frigoríficas. A empresa quer incentivar o transporte de frango e de frutas via cabotagem.

Até a entrada em operação dos novos navios, a empresa tinha um de 900 TEUs na cabotagem no Brasil. Esse navio deverá ser integrado à controladora Maersk, uma das maiores empresas de navegação do mundo, sendo substituído na frota da Mercosul Line por outro afretado de idêntica capacidade dos importados (2,5 mil TEUs).

Com três navios, a Mercosul Line irá escalar os portos com frequências semanais. Mas a cada três escalas haverá um intervalo de sete dias. Existe a possibilidade de no futuro colocar um quarto na cabotagem. No momento, a empresa terá janelas de atracação em Santos, Suape e Imbituba, permitindo aos navios horários para ancorar sem enfrentar filas.

Segundo Bezerra, a empresa tem hoje 80 clientes ativos e o objetivo é dobrar a carteira em um ano. O executivo afirmou que a empresa obteve contrato com a Sadia para movimentar na cabotagem 70 mil toneladas de frango e margarina entre maio deste ano e o mesmo mês de 2010.

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