A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela supervisão do mercado livre de energia, fechou o ano passado com 1.645 empresas associadas. Isso representa aumento de 17,2% em relação ao verificado em 2010, segundo balanço apresentado nesta quarta-feira (14) pelo presidente do conselho de administração da CCEE, Luiz Eduardo Barata.
O número já avançou neste ano. “Até ontem, atingimos 1.806 agentes. A nossa expectativa é chegar a mais de 2 mil no meio do ano e entre 2,3 mil e 2,4 mil no fim de 2012”, afirmou Barata. O mercado livre corresponde a 28% de toda a energia elétrica consumida no país. Faziam parte dele, em 31 de dezembro de 2011, 1.101 consumidores (grandes indústrias, shopping centers, hipermercados), 312 produtores independentes de energia e 113 comercializadores, entre outros.
Pode tornar-se consumidor livre - com a possibilidade de comprar energia de fornecedores que não sejam a distribuidora da região onde a empresa está instalada - quem tem demanda de pelo menos 3 megawatts (MW). Empresas cuja demanda fica entre 500 kilowatts (kW) e 3 MW também podem aderir a esse mercado, desde que comprem energia de fontes incentivadas (usinas eólicas, de biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas). Dos 1.101 consumidores livres, 587 entraram nessa classificação e foram contabilizados como consumidores especiais.
Em 2011, a CCEE registrou 13.625 contratos de energia, equivalentes a 76.500 MW médios. Com isso, teve liquidação financeira de R$ 3,9 bilhões no mercado de curto prazo e inadimplência acumulada de 0,11%.