Hidrogênio

Mercado global de hidrogênio pode movimentar cerca de US$ 20 bilhões/ano até 2050

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), de 1999 a 2018, o Brasil só investiu 1% em pesquisa e desenvolvimento nesta fonte de energia

Redação TN Petróleo/Assessoria
30/09/2021 17:31
Mercado global de hidrogênio pode movimentar cerca de US$ 20 bilhões/ano até 2050 Imagem: Divulgação Visualizações: 2006

Considerado por muitos como a energia do futuro, o hidrogênio tem papel importante na transição energética de diversos países. Segundo Giovani Machado, Diretor de Estudos Econômicos-Energéticos Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil investiu apenas 1% dos recursos disponíveis para pesquisa e desenvolvimento do hidrogênio como fonte de energia para o país nos últimos 20 anos, um total de R$ 200 milhões. 

Marcus Silva, Diretor Comercial da empresa Air Products, estimou que o mercado global de hidrogênio movimentará de 15 a 20 bilhões de dólares até 2050, e que o Brasil tem potencial de exportação que pode chegar 5 bilhões de dólares por ano. 

O debate "Hidrogênio e transição energética: oportunidades para o Brasil" foi organizado pelo Núcleo Energia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) e pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, dia 29 de setembro.

Participação do hidrogênio na matriz energética

Até 2050, o hidrogênio representará apenas 5% da demanda global por energia. Porém, esta fonte energética pode ajudar o Brasil a reduzir suas emissões de carbono e aumentar sua competitividade neste mercado.  A cônsul da Noruega no Rio de Janeiro, Marianne Fosland, destacou a importância de projetos em parceria entre os países, o poder público e empresas. 

"Estou otimista sobre o desenvolvimento do hidrogênio no mundo e, para isso, a cooperação internacional e entre governos e empresas é imperativa. Estamos dispostos e ansiosos para contribuir com o Brasil neste sentido", afirmou.

Oportunidades e desafios para o Brasil

Visando maior competitividade no cenário internacional, o Ministério das Minas e Energia (MME) publicou em abril deste ano uma resolução que prevê as diretrizes para o desenvolvimento de um Programa Nacional de Hidrogênio.

Durante o debate, foi pontuado que as regiões com mais potencial para a produção e exportação de hidrogênio no país são os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão, na região Nordeste, e Rio de Janeiro e Espírito Santo, no Sudeste.  Daniel Lopes, Diretor Comercial da Hytron, destacou o projeto da empresa no Ceará, alimentado por por fontes solares e eólicas, e capaz de gerar 250Nm³ / h de hidrogênio verde. 

"Além dos incentivos fiscais concedidos por estes estados e a proximidade com portos na Europa, o potencial de energia solar e eólica destes estados favorece uma operação híbrida de energia em complexos industriais, como do Porto do Pecém (CE) para um mercado de maior escala", reforçou Marcus Silva.

Jørg Aarnes, líder global de Sistema de Energia de Baixo Carbono da empresa DNV, frisou que a Noruega é pioneira no desenvolvimento de transporte marítimo de baixo carbono e que pode contribuir com o Brasil neste sentido. "Podemos ajudar o Brasil a se tornar um líder em hidrôgênio e amônia azul".

 

Embora o hidrogênio verde (da eletrólise da água usando energia renovável eólica ou solar) seja visto como uma solução de longo prazo, os analistas sugerem que ele pode não atingir a paridade de custo com o hidrogênio azul, que é produzido a partir do gás natural com captura e armazenamento de carbono. Vale ressaltar que há controvérsias a respeito do uso do hidrogênio azul. Estudo recente publicado pela revista de ciência e engenharia Energy, por exemplo, demonstrou que o hidrogênio azul pode emitir mais gases de efeito estufa do que o carvão.

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