Infraestrutura

Mantega: investimentos chegarão a 24% do PIB

O ministro da Fazenda participou de seminário em Wall Street.

Diário do Nordeste
26/09/2013 13:18
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O investimento em infraestrutura, assim como ocorreu na China, dará dinamismo à economia brasileira e a participação no Produto Interno Bruto (PIB) pode passar do nível atual de 18% a 19% para 23% ou 24%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem (25), durante seminário sobre infraestrutura no Brasil organizado pelo Goldman Sachs, em Wall Street.
Mantega ressaltou que o Brasil está superando os efeitos da crise internacional e caminha gradualmente para um crescimento sustentável. Os Estados Unidos ainda estão crescendo menos do que o esperado e o ministro disse que os estímulos monetários norte-americanos precisam ser reduzidos. A redução, segundo ele, tem, no entanto, de ser organizada, caso contrário, a volatilidade e a turbulência no mercado internacional ficam muito elevadas.
"Agora parece que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) está definindo mais claramente como será a redução dos estímulos. O caminho adequado é um gradualismo para esta redução", disse em sua apresentação, destacando que apenas a expectativa de mudanças da política monetária afetou muito os países emergentes, influenciando sobretudo as moedas. "Talvez tenhamos aí uma calmaria", disse ao comentar sobre a decisão do Fed tomada na semana passada de adiar a diminuição do ritmo mensal de compras de ativos.
Mantega frisou que o Brasil tem armas para lutar contra a maior instabilidade nos mercados, como as altas reservas internacionais e a menor dívida pública em comparação com outros países. O ministro falou que o dólar chegou a R$ 2,45 e, recentemente, após a decisão do Fed, a moeda norte-americana recuou para R$ 2,20 e não houve saída de capital no Brasil, como se viu em países emergentes.
"Não gastamos um milhão sequer das nossas reservas para fazer face a essas turbulências", afirmou, ressaltando ainda que o Brasil, diferentemente de outros mercados emergentes, tem um mercado de derivativos desenvolvido. Sobre a deterioração da conta corrente este ano, Mantega ressaltou que ela é passageira e destacou que se explica pela conta petróleo, por causa das importações e exportações do óleo e derivados. Houve aumento do consumo de derivados no Brasil ao mesmo tempo em que a produção da Petrobras não cresceu, mostrando até uma queda, devido a paradas técnicas em algumas plataformas, que diminuiu provisoriamente a provisão, afirmou.
Mais petróleo
No final de 2013, a produção de petróleo deve crescer, disse Mantega, com a entrada em funcionamento de novas sondas no ano passado e neste. "Isso vai aumentar a produção de petróleo e levar o país novamente à condição de exportador de petróleo".
O seminário em Wall Street do qual o ministro Mantega participa discute oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. O evento é promovido pelo banco Goldman Sachs, grupo Bandeirantes e jornal Metro e reúne cerca de 350 investidores.
Mantega encerrou sua apresentação destacando que o Brasil tem tomado medidas para reforçar o mercado de capitais, citando como exemplo as debêntures voltadas à infraestrutura, isentas de impostos, e disse ainda que está esperando a retomada das aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês).
Conforme o presidente do Banco Central, que também esteve presente no evento, Alexandre Tombini, o Brasil está pronto para enfrentar a mudança da política monetária dos Estados Unidos. "O País está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal", disse em sua apresentação.
O dirigente citou que o Brasil tem excelentes fundamentos externos, incluindo um nível robusto de reservas internacionais e um sistema financeiro sólido, com bancos capitalizados, líquidos e com provisões para devedores duvidosos. Ainda sobre os bancos brasileiros, Tombini frisou que dependem pouco do capital externo para financiar suas operações, por isso estão menos vulneráveis.
Atuação do BC
Além dos bons indicadores e do sistema financeiro, Tombini reiterou que o BC atuou de forma bem-sucedida no mercado para minimizar as turbulências geradas pela expectativa de mudança da política norte-americana. "O Banco Central atuou de forma correta para mitigar riscos", disse ele, observando que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa.
Tombini ressaltou que, mesmo depois do dia 22 de maio, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sinalizou pela primeira vez que os estímulos monetários poderiam começar a ser retirados, os fluxos de capital continuaram fluindo para o Brasil e até aumentaram. Na semana passada, com a decisão do Fed de adiar a retirada de parte dos estímulos, Tombini disse que o BC ganhou parte do terreno, com o real voltando.

O investimento em infraestrutura, assim como ocorreu na China, dará dinamismo à economia brasileira e a participação no Produto Interno Bruto (PIB) pode passar do nível atual de 18% a 19% para 23% ou 24%, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem (25), durante seminário sobre infraestrutura no Brasil organizado pelo Goldman Sachs, em Wall Street.


Mantega ressaltou que o Brasil está superando os efeitos da crise internacional e caminha gradualmente para um crescimento sustentável. Os Estados Unidos ainda estão crescendo menos do que o esperado e o ministro disse que os estímulos monetários norte-americanos precisam ser reduzidos. A redução, segundo ele, tem, no entanto, de ser organizada, caso contrário, a volatilidade e a turbulência no mercado internacional ficam muito elevadas.


"Agora parece que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) está definindo mais claramente como será a redução dos estímulos. O caminho adequado é um gradualismo para esta redução", disse em sua apresentação, destacando que apenas a expectativa de mudanças da política monetária afetou muito os países emergentes, influenciando sobretudo as moedas. "Talvez tenhamos aí uma calmaria", disse ao comentar sobre a decisão do Fed tomada na semana passada de adiar a diminuição do ritmo mensal de compras de ativos.


Mantega frisou que o Brasil tem armas para lutar contra a maior instabilidade nos mercados, como as altas reservas internacionais e a menor dívida pública em comparação com outros países. O ministro falou que o dólar chegou a R$ 2,45 e, recentemente, após a decisão do Fed, a moeda norte-americana recuou para R$ 2,20 e não houve saída de capital no Brasil, como se viu em países emergentes.


"Não gastamos um milhão sequer das nossas reservas para fazer face a essas turbulências", afirmou, ressaltando ainda que o Brasil, diferentemente de outros mercados emergentes, tem um mercado de derivativos desenvolvido. Sobre a deterioração da conta corrente este ano, Mantega ressaltou que ela é passageira e destacou que se explica pela conta petróleo, por causa das importações e exportações do óleo e derivados. Houve aumento do consumo de derivados no Brasil ao mesmo tempo em que a produção da Petrobras não cresceu, mostrando até uma queda, devido a paradas técnicas em algumas plataformas, que diminuiu provisoriamente a provisão, afirmou.



Mais petróleo


No final de 2013, a produção de petróleo deve crescer, disse Mantega, com a entrada em funcionamento de novas sondas no ano passado e neste. "Isso vai aumentar a produção de petróleo e levar o país novamente à condição de exportador de petróleo".


O seminário em Wall Street do qual o ministro Mantega participa discute oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. O evento é promovido pelo banco Goldman Sachs, grupo Bandeirantes e jornal Metro e reúne cerca de 350 investidores.


Mantega encerrou sua apresentação destacando que o Brasil tem tomado medidas para reforçar o mercado de capitais, citando como exemplo as debêntures voltadas à infraestrutura, isentas de impostos, e disse ainda que está esperando a retomada das aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês).


Conforme o presidente do Banco Central, que também esteve presente no evento, Alexandre Tombini, o Brasil está pronto para enfrentar a mudança da política monetária dos Estados Unidos. "O País está preparado para enfrentar a transição para um ambiente de política monetária mais normal", disse em sua apresentação.


O dirigente citou que o Brasil tem excelentes fundamentos externos, incluindo um nível robusto de reservas internacionais e um sistema financeiro sólido, com bancos capitalizados, líquidos e com provisões para devedores duvidosos. Ainda sobre os bancos brasileiros, Tombini frisou que dependem pouco do capital externo para financiar suas operações, por isso estão menos vulneráveis.



Atuação do BC


Além dos bons indicadores e do sistema financeiro, Tombini reiterou que o BC atuou de forma bem-sucedida no mercado para minimizar as turbulências geradas pela expectativa de mudança da política norte-americana. "O Banco Central atuou de forma correta para mitigar riscos", disse ele, observando que o câmbio flutuante é a primeira linha de defesa.


Tombini ressaltou que, mesmo depois do dia 22 de maio, quando o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, sinalizou pela primeira vez que os estímulos monetários poderiam começar a ser retirados, os fluxos de capital continuaram fluindo para o Brasil e até aumentaram. Na semana passada, com a decisão do Fed de adiar a retirada de parte dos estímulos, Tombini disse que o BC ganhou parte do terreno, com o real voltando.

 

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