Jornal do Brasil
Rondeau promete solução para este mês
Está nas mãos do Ministério da Fazenda e do Tesouro Nacional o destino de Manguinhos e Ipiranga, as únicas refinarias privadas do país. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse que apresentou à Fazenda propostas para salvar as empresas, que interromperam as atividades ao registrar prejuízos em função da impossibilidade de repassar o aumento do preço do petróleo no mercado externo. Uma alternativa seria o aproveitamento da Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide) como amortecedor da diferença entre preços externos e internos.
O uso do imposto para corrigir a defasagem de preços atende à reivindicação das duas empresas e dos investidores. O ministro afirmou que a solução sairá em 15 dias.
- As propostas já foram enviadas aos técnicos da Fazenda - afirmou, após a posse do presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a defasagem entre os preços internacionais e os praticados pela Petrobras - que dita a cotação dos derivados de petróleo - chega a 30%. Bandeira da ministra Dilma Rousseff quando estava à frente da pasta agora ocupada por Rondeau, a proposta esbarra em algumas alas do governo, que destina os recursos para cumprir metas fiscais.
Com 500 funcionários, Manguinhos produz 15 mil barris diários de derivados, que somados à produção da Ipiranga, não chegam a 3% de todo o refino nacional.
A agência também propõe o arrendamento de Manguinhos pela Petrobras. A Repsol/YPF detém 30% da refinaria, o grupo Peixoto de Castro, mais 30%. O restante pertence a pequenos acionistas.
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