Para o coordenador executivo, Luís Fernando Barbosa de Almeida, a meta é transformar o BDEP em um centro de serviços para o mercado e para a sociedade.
Da redaçãoAinda este ano, o Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), passará a fornecer acesso remoto ao seu acervo de dados e informações sobre as atividades de exploração e produção reguladas pela Agência. Com a novidade, usuários em todo mundo poderão trabalhar dados relativos a uma determinada área, em colaboração simultânea. Criado há sete anos, com um acervo de 80 mil Gigabytes de dados de campo e 500 Gigabytes de dados processados, o BDEP conta, hoje, com dois milhões de Gigabytes de informações de campo e mais de 12 mil Gigabytes de levantamentos processados sobre o setor de Petróleo e Gás Natural.
O Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis ANP, comemorou no dia 29 de maio os primeiros sete anos de atividades com novos horizontes, grandes investimentos, eficiência tecnológica e a certeza de ser o maior, já nos dias de hoje, repositório de informações sobre o tema no país.
Estamos tentando mudar a faixa de negócios do BDEP. Novos serviços hoje pressupõem internet, intranet, extranet, os meios de comunicação modernos. Nós queremos ir além da característica de repositório de informações. Nós queremos que o BDEP agregue valor aos dados armazenados em seu banco de dados. Queremos nos transformar em um centro de serviços para o mercado e para a sociedade, comentou o superintendente adjunto de Gestão e Obtenção de Dados Técnicos SDT, da ANP, e Coordenador Executivo do BDEP, Luís Fernando Barbosa de Almeida, durante a OTC 2007.
Segundo Almeida, os investimentos em tecnologia vão desde a reforma da rede elétrica à compra de storages de 48 terabytes (1.024 gigabytes), passando pela aquisição de servidores de alto desempenho, nobreaks computadorizados e serviços de Monitoramento e Gerenciamento de Segurança da Informação e Análise de Risco.
Projetamos um aparato de infra-estrutura para suportar toda essa tecnologia. Tudo isso para que o BDEP ganhe ainda mais visibilidade, transparência e utilidade para o mercado e para a sociedade, explica.
Hoje o BDEP conta com a magnitude de 12 terabytes de dados processados. Com a compra do storage de 48 terabytes, o Banco poderá trabalhar com uma folga de, no mínimo, dois anos de operação.
Acesso remoto e colaboração
A ANP apresentou, em seu estande na OTC, o software de projeto piloto do acesso remoto dos dados que estão no BDEP. Além de trabalhar remotamente, a palavra-chave desse projeto é colaboração. Com esse novo projeto, até oito usuários remotos podem trabalhar simultaneamente e on-line, em tempo-real, em um mesmo pacote de informações, explicou o executivo da ANP. Esse será um benefício enorme, por exemplo, para as linhas de pesquisa das universidades, comentou.
Para o BDEP, segurança é primordial também. Nestes sete anos nunca tivemos problemas com hackers, por exemplo. Nossos dados estão todos criptografados. A possibilidade de haver qualquer tipo de captura ou interferência é realmente mínima. Todas as atividades são perfeitamente monitoradas, conta Almeida. O storage que compramos de 48 terabytes, por exemplo, tem confiabilidade de 100%. O máximo de segurança. Podemos perder na eventualidade de uma queda de energia, por exemplo, até dois discos simultâneos que os dados continuam íntegros.
Criado em 2000 com o objetivo de armazenar e disponibilizar dados de sísmica, poços e de métodos potenciais (gravimetria e magnetometria), gerados pelas atividades de exploração e produção de petróleo nas bacias sedimentares brasileiras, a ANP buscou a experiência da indústria norueguesa, cujo banco de dados é administrado pelo órgão regulador daquele país, em participação com as empresas operadoras para elaborar o projeto do BDEP. No modelo brasileiro, a idéia foi ampliada podendo aceitar a participação de empresas de serviço, consultorias e universidades.
O acervo do BDEP inclui dados geofísicos e geológicos. O volume de dados transferidos da Petrobras para a ANP agrega cerca de 2,1 milhões de km de linhas sísmicas levantadas, e dados e informações sobre 19 mil poços. Estão sendo adquiridos dados dos novos concessionários e empresas de serviço, o que somará ao BDEP outros 3,88 milhões de km de linhas sísmicas e 260 poços até o ano 2003.
O Centro de Processamento de Dados do BDEP foi estruturado com equipamentos de última geração. Dois computadores com quatro processadores cada, funcionando em paralelo, totalizando 2,5 gigabytes de memória e 218 gigabytes em disco; Um robô com capacidade de manipular 12 terabytes de informações armazenadas; Quatro unidades de gravação e leitura de cartuchos com 10 gigabytes; Sala de clientes com cinco estações de trabalho; Fitoteca com capacidade para 120 mil cartuchos.
O BDEP atualmente conta com a participação de 16 empresas: 12 Operadoras (Repsol-YPF, Petrobras, Shell, BP, Texaco, Unocal, Conoco, Agip, Esso, Newfield, Chevron e Phillips), 2 Consultorias (Expetro e Gaia) e 2 de Serviços (PGS e Veritas).
Para utilizar o BDEP, o interessado deve escolher um dos níveis de serviço básico e assinar o Termo de Autorização de Uso do Banco de Dados. As informações estão disponíveis na Internet no endereço: www.bdep.gov.br.
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