<P>O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (18), no Rio, o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara. Junto com o terminal de Pecém (CE), a obra disponibilizará ao mercado cerca de 21 milhões de metros cúbicos de gás natural. Os dois termina...
Redação/ Maria Fernanda RomeroO presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (18), no Rio, o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Baía de Guanabara. Junto com o terminal de Pecém (CE), a obra disponibilizará ao mercado cerca de 21 milhões de metros cúbicos de gás natural. Os dois terminais, cujas obras fazem parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), marcam a entrada da empresa no mercado internacional desse gás, garantindo ao Brasil novas fontes de suprimento.
Nesta terça-feira (17), em coletiva na Petrobras, a diretora de Gás e Energia da Companhia, Graça Foster, acompanhada do presidente da Transpetro, Sergio Machado, falaram sobre o terminal de regaseificação GNL da Baía de Guanabara. Para Foster o novo terminal é o projeto de integração energética mais importante do país depois da construção do gasoduto Bolívia-Brasil. “Ele ampliará nossa capacidade de colocação de gás no mercado e juntamente com o terminal de Pecém coocorá à disposição do mercado o equivalente a dois terços de todo o produto importado atualmente da Bolívia, ou seja, cerca de 30 milhões de metros cúbicos por dia”, avaliou.
A diretora afirmou a possibilidade da construção de outros terminais de regaseificação de GNL, entretanto apontou a necessidade de ter concluído um terceiro terminal na virada do período 2012/2013 e uma quarta unidade para 2013/2014. Foster revelou ainda que a estatal avalia a construção de uma planta offshore de GNL, um sistema móvel, para aproveitamento do gás do pré-sal.
De acordo com Sergio Machado, a Transpetro capacitou uma equipe para operar navios e terminais, numa tecnologia pioneira no mundo. Todo o processo de operação com GNL está sendo certificado pelo Deutsche Norske Veritas (DNV), um dos principais organismos certificadores do planeta, para assegurar padrões internacionais de segurança e eficiência, pontuou.
Segundo o presidente da subsidiária, foram selecionadas para treinamento 13 operadores e 2 coordenadores da área de GLP. O treinamento teve o apoio da GTI – Gás Technology Institute, líder do mercado americano de qualificação nessa área. O processo foi complementado por uma parceria entre a Universidade Petrobras e a Praxair/White Martins para um curso geral sobre gás e outro módulo da GTI, específico sobre operações de GNL, finalizou.
O projeto
As obras de construção e montagem do terminal na Baía de Guanabara foram iniciadas em dezembro de 2007 e concluídas em janeiro deste ano. Atualmente, o empreendimento está na fase de pré-operação, devendo estar pronto para operar ainda neste primeiro semestre. O investimento foi de R$ R$ 819 milhões, com a geração de cerca de 1.700 empregos diretos.
O novo terminal, totalmente construído para atuar como unidade de regaseificação de GNL, diferente do terminal de Pecém, tem capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de gás natural, o que corresponde a quase o consumo médio do mercado térmico em todo o país no ano passado (14.489 milhões de m³/dia). O gás regaseificado da Baía de Guanabara atenderá, prioritariamente, as usinas termelétricas da região Sudeste. O volume de 14 milhões de m³/dia é suficiente para gerar cerca de 3.000 MW.
O gás natural regaseificado será enviado às termelétricas por meio de um gasoduto de 15 km de extensão. Construído para interligar o terminal ao Gasduc II, em Duque de Caxias, o gasoduto tem dez quilômetros de trecho submarino e cinco quilômetros, em terra. Nos planos da Petrobras, o GNL deverá ser utilizado, quando necessário, nas usinas termelétricas do país em caso de escassez de água para suprir a demanda energética.
Segundo a diretora de Gás e Energia da Petrobras, a planta de GNL da Baía de Guanabara desafoga e diversifica a capacidade da empresa de atender à demanda interna.
“Ela dá um lastro muito grande à nossa necessidade e demanda pelo gás natural. Nós temos um suprimento constante da Bolívia, mas é muito conveniente que o Brasil disponha de outra fonte, além do insumo que vem da Bolívia e do próprio gás nacional. Isso significa mais 21 milhões de metros cúbicos/dia de segurança energética”, afirma.
Segundo a Petrobras, o gás natural originado do GNL complementará a oferta nacional de gás natural, que hoje tem sua demanda atendida pelo gás nacional produzido pela estatal e pelo importado da Bolívia. “Com o GNL, a Petrobras passa a importar o produto de outros países, como Trinidad e Tobago e Nigéria”, informou a empresa.
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