Redação TN Petróleo/Assessoria
A Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o Porto de Santos, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 70,8 milhões, alta de 93% sobre o mesmo período de 2020. A expressiva melhora no resultado foi impulsionada pela combinação de aumento da receita e recuo de custos e despesas, pautada pelo foco em eficiência, austeridade e racionalização de recursos que a Companhia vem empreendendo desde que a atual gestão assumiu, em 2019.
Tal esforço permitiu à SPA encerrar o trimestre com uma posição de caixa de quase R$ 940 milhões, um acréscimo de 45,9% em relação ao primeiro trimestre de 2020. Com isso, proporá ao Ministério da Infraestrutura (Minfra), pasta à qual é vinculada, o cancelamento de todos os valores a título de “restos a pagar” relativos às ações de investimentos em curso.
“Estamos declarando essa independência antes mesmo da desestatização da Companhia. Assumimos o compromisso de não mais utilizar recursos do Tesouro para bancar nossos investimentos”, diz o diretor-presidente, Fernando Biral (foto).
Segundo o diretor de Administração e Finanças, Marcus Mingoni, na prática, a SPA viabiliza a economia de mais de R$ 250 milhões aos cofres da União nos próximos anos, pelo cancelamento dos restos a pagar vigentes (R$ 238 milhões) e devolução de valores enviados pela União para ações de investimentos pendentes de execução (R$ 12 milhões), além de assumir o compromisso de que os novos investimentos sejam financiados pela própria geração de caixa da Companhia, desonerando os cofres do Tesouro Nacional.
No primeiro trimestre a receita líquida da SPA cresceu 2,8%, alcançando R$ 253,2 milhões, resultado favorecido pelo incremento na movimentação de cargas e reflexo da continuidade do bom desempenho das exportações, além da recuperação observada nas importações. Vale registrar que a SPA atingiu, no mês de março, o recorde histórico de movimentação de cargas, com 15,2 milhões de toneladas.
Aliado a isso, os esforços empreendidos na racionalização de gastos e revisão de processos contribuíram para importante ganho de eficiência na estrutura de custos e despesas. Os custos dos serviços prestados apresentaram redução de 4,5% e as despesas administrativas recorrentes demonstraram queda de 28,7% no período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), ajustado por eventos extraordinários, avançou 39,9% e alcançou a marca de R$ 139,0 milhões, com margem de 54,9% - um crescimento de 14,6 pontos percentuais na comparação com o primeiro trimestre de 2020.
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