Lucro líquido de 115 milhões de euros.
Valor OnlineO grupo químico belga Solvay publicou nesta quinta-feira seu balanço do terceiro trimestre, no qual reportou lucro líquido de 115 milhões de euros — aumento de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A receita líquida da companhia cresceu 7,9% entre julho e setembro, para 2,59 bilhões de euros, impulsionada pelo forte desempenho da divisão de “fórmulas avançadas”. A unidade teve faturamento de 735 milhões de euros, 27% maior.
Dentro da área que mais cresceu, porém, a Coatis, fabricante de solventes oxigenados, sofreu com a demanda brasileira menor. “A performance se deteriorou por conta a situação econômica desafiadora do Brasil”, disse a Solvay.
Além disso, na unidade de polímeros funcionais, o Brasil também derrubou o resultado. A Fibras, que atua por aqui, foi “impactada pelas condições macroeconômicas mais fracas” no país e pelo desgaste da indústria nacional, afirmou o grupo. A receita da divisão caiu 7,8%, para 394 milhões de euros.
Os custos de vendas da companhia belga, segundo o balanço, avançaram 6% no terceiro trimestre, em ritmo menor do que o da receita, e ficaram em 2,04 bilhões de euros. As despesas gerais e administrativas subiram 3,8%, para 303 milhões de euros. Com isso, o lucro operacional teve expansão de 15,9%, para 226 milhões de euros.
Venda da Indupa
A empresa química belga mantém sua direção estratégica em relação à controlada Indupa, da Argentina, mesmo depois de o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetar a venda da empresa à brasileira Braskem.
O grupo disse que quer prosseguir com a venda “assim que possível”, mas que, por enquanto, aguarda por detalhes referentes à decisão da autarquia. “Vamos examinar as opções alternativas para nos desfazer da participação na Solvay Indupa”, acrescentou a companhia.
No entanto, como agora a defesa da concorrência impediu que as ações fossem vendidas à Braskem, o processo de alienar os ativos vai demorar mais que o previsto. A Solvay afirmou não esperar mais para o fim do ano a conclusão do desinvestimento na controlada argentina.
Na quarta-feira, o Cade votou por unanimidade contra a aquisição da petroquímica brasileira. Para os conselheiros, o negócio levaria a um monopólio no mercado de PVC no Brasil. Eles também criticaram o fato de a Braskem não ter apresentado alternativas para que a compra fosse aprovada. Em comunicado, a Braskem classificou a decisão do conselho como “prejudicial à indústria brasileira”.
Fale Conosco
22