Ministro do MME participou do Almoço-Debate LIDE.
Ascom Grupo LIDE
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou a possibilidade de racionamento ou falta de energia elétrica no país. “Houve racionamento no governo anterior porque as redes não estavam interligadas; hoje o sistema é firme e moderno e não teremos racionamento”, disse hoje (29) em evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), liderado pelo empresário João Doria Jr., que aconteceu em São Paulo.
Lobão afirmou que a matriz energética brasileira é uma das mais diversificadas e menos poluentes do mundo. “O Brasil dispõe de todas as fontes energéticas e nossa matriz é uma das mais limpas do planeta”, destacou. “A política brasileira de energia é uma referência mundial”, disse, reforçando o compromisso do país com a sustentabilidade por meio de fontes limpas de energia.
O ministro confirmou as metas do Plano Decenal de Energia (PDE), que prevê investimentos de aproximadamente R$ 1,1 trilhão até 2021. Desse total, 24,4% serão destinados à oferta de energia elétrica, 68,4% a petróleo e gás natural, e 7,2% à oferta de biocombustíveis. Com isso, a projeção é ampliar a capacidade instalada de 116,5 GW para 182,4 GW; a produção de petróleo, de 2,1 para 5,4 milhões de barris/dia; a produção de gás natural, de 65,9 para 190,9 milhões de m³/dia; e a produção de etanol, de 22,9 para 68,2 milhões de m³.
Petrobras
Ao ser indagado sobre a queda das ações da Petrobras, o ministro lembrou que ações de grandes companhias caíram no mundo inteiro, “o que não quer dizer que a Petrobras esteja indo mal”. Segundo ele, o Brasil deve se tornar nos próximos anos não apenas um produtor como um exportador de petróleo.
Energias eólica e solar
Lobão ressaltou que poucos países alcançaram tanto sucesso na energia eólica como o Brasil e previu a expansão dos investimentos em energia solar. “A energia solar ainda é cara no país, mas esperamos que ela possa ter o mesmo sucesso que tivemos com a energia eólica e que possa se estender para todo o território".
Sobre a possibilidade de a redução da conta de luz recair sobre o contribuinte, segundo matéria publicada hoje no jornal 'O Estado de S.Paulo', o ministro afirmou que os fundos setoriais dispõem de recursos para indenizar as concessionárias. Além disso, se necessário, o governo poderá recorrer ao Tesouro Nacional.
Lobão admitiu, entretanto, que a energia elétrica ainda é muito cara no Brasil e que parte desse custo provém da tributação. “O ICMS é o tributo que mais onera a energia elétrica”, disse.
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