Eletricidade

Liminar livra gerador de custo bilionário de térmicas

Custos serão rateados.

Valor Econômico
28/05/2013 14:09
Visualizações: 329 (0) (0) (0) (0)

 

Os geradores de energia venceram na segunda-feira (27) o primeiro round da disputa com o governo relativa aos bilionários custos adicionais de operação das termelétricas. O juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal da Seção do Distrito Federal, concedeu liminar em favor da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) sustando os efeitos de dois artigos da resolução nº 3/2013 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que determina o rateio desses custos entre todos os agentes do setor elétrico, inclusive geradores.
De acordo com o juiz, a Lei nº 10.438/2012 estabelece que todos os custos, inclusive de natureza operacional, serão rateados apenas entre as classes de consumidores finais do sistema elétrico. "A Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Política Energética alterou esta norma e não poderia fazer isto. Ainda que possam até parecer louváveis os motivos, tal alteração somente poderia acontecer por lei", afirmou Preta Neto, na decisão.
A resolução nº 3 foi aprovada em 6 de março de 2013, no meio da crise de baixa dos reservatórios hidrelétricos. Com a operação a plena carga das usinas termelétricas, por critério de segurança de abastecimento, as distribuidoras sofreram perdas significativas de caixa para arcar com esses custos até a data de reajuste tarifário, quando fazem o repasse aos consumidores.
Uma das medidas estabelecidas pela resolução é o rateio dos custos de operação das termelétricas por todos os agentes do setor, inclusive os geradores e comercializadores de energia.
Contrariadas com a decisão do governo, a Apine e a Abragel entraram na Justiça para invalidar os efeitos da resolução do CNPE. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) também entrou com ação judicial no mesmo sentido.
Segundo cálculos feitos pela consultoria Thymos Energia, a pedido da Apine, considerando os efeitos da resolução nº 3 do CNPE, o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que cobre o custo extra de operação das térmicas por razões de segurança, deve somar R$ 4,5 bilhões entre maio e dezembro de 2013. Desse total, R$ 2,14 bilhões seriam arcados pelas geradoras e R$ 305 milhões pelas comercializadoras.
Na última semana, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, informou que até agosto será incorporado o mecanismo de aversão a risco ao programa computacional de formação de preço de energia, conforme prevê a resolução nº 3. Na prática, com o aperfeiçoamento do sistema, será possível determinar com mais precisão o preço de energia de curto prazo e reduzir o valor do ESS repartido pelos agentes do setor elétrico.
Nos bastidores, porém, investidores e especialistas do setor elétrico não acreditam que o governo conseguirá atingir esse objetivo até agosto. Isso porque os mecanismos de aversão a risco ainda estão em estudo. Para eles, o processo todo envolve muita burocracia, como a realização de audiências públicas e a publicação de normas regulatórias.

Os geradores de energia venceram na segunda-feira (27) o primeiro round da disputa com o governo relativa aos bilionários custos adicionais de operação das termelétricas. O juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal da Seção do Distrito Federal, concedeu liminar em favor da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) e da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) sustando os efeitos de dois artigos da resolução nº 3/2013 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que determina o rateio desses custos entre todos os agentes do setor elétrico, inclusive geradores.


De acordo com o juiz, a Lei nº 10.438/2012 estabelece que todos os custos, inclusive de natureza operacional, serão rateados apenas entre as classes de consumidores finais do sistema elétrico. "A Resolução nº 3 do Conselho Nacional de Política Energética alterou esta norma e não poderia fazer isto. Ainda que possam até parecer louváveis os motivos, tal alteração somente poderia acontecer por lei", afirmou Preta Neto, na decisão.


A resolução nº 3 foi aprovada em 6 de março de 2013, no meio da crise de baixa dos reservatórios hidrelétricos. Com a operação a plena carga das usinas termelétricas, por critério de segurança de abastecimento, as distribuidoras sofreram perdas significativas de caixa para arcar com esses custos até a data de reajuste tarifário, quando fazem o repasse aos consumidores.


Uma das medidas estabelecidas pela resolução é o rateio dos custos de operação das termelétricas por todos os agentes do setor, inclusive os geradores e comercializadores de energia.


Contrariadas com a decisão do governo, a Apine e a Abragel entraram na Justiça para invalidar os efeitos da resolução do CNPE. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) também entrou com ação judicial no mesmo sentido.


Segundo cálculos feitos pela consultoria Thymos Energia, a pedido da Apine, considerando os efeitos da resolução nº 3 do CNPE, o Encargo de Serviços do Sistema (ESS), que cobre o custo extra de operação das térmicas por razões de segurança, deve somar R$ 4,5 bilhões entre maio e dezembro de 2013. Desse total, R$ 2,14 bilhões seriam arcados pelas geradoras e R$ 305 milhões pelas comercializadoras.


Na última semana, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, informou que até agosto será incorporado o mecanismo de aversão a risco ao programa computacional de formação de preço de energia, conforme prevê a resolução nº 3. Na prática, com o aperfeiçoamento do sistema, será possível determinar com mais precisão o preço de energia de curto prazo e reduzir o valor do ESS repartido pelos agentes do setor elétrico.


Nos bastidores, porém, investidores e especialistas do setor elétrico não acreditam que o governo conseguirá atingir esse objetivo até agosto. Isso porque os mecanismos de aversão a risco ainda estão em estudo. Para eles, o processo todo envolve muita burocracia, como a realização de audiências públicas e a publicação de normas regulatórias.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
PetroRecôncavo
PetroRecôncavo celebra 25 anos com investimentos robusto...
25/06/25
Biocombustíveis
Posicionamento IBP - Elevação do percentual de mistura d...
25/06/25
Etanol de milho
Abertura da China amplia parceria estratégica para copro...
25/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
25/06/25
Negócio
Copa Energia adquire parte da GNLink e avança em estraté...
25/06/25
Etanol
ORPLANA recebe apoio de associações em defesa do CONSECA...
25/06/25
Leilão
PPSA divulga Limite Mínimo de Preço para o 5º Leilão de ...
24/06/25
PD&I
Nexio apresenta soluções de inovação digital na SP Offshore
24/06/25
Evento
FIEE realizará 1º Congresso da Indústria Eletroeletrônic...
24/06/25
ANP
Manifesto pela revisão de cortes na ANP
24/06/25
Energia Elétrica
Selco economiza mais de R$ 110 mil em oito meses ao migr...
24/06/25
Bahia Investe
Bahia Investe destaca potencial de crescimento do setor ...
24/06/25
Brava Energia
Brava Energia aposta em eficiência e inovação tecnológic...
24/06/25
Comemoração
Porto de Niterói celebra 100 anos de história e destaque...
24/06/25
Evento
Repsol Sinopec Brasil discute inovação e descarbonização...
24/06/25
Gás Natural
Compagas, Necta e Sulgás abrem chamada pública conjunta ...
23/06/25
SLB
SLB aposta em crescimento no Nordeste e investe em digit...
23/06/25
Evento
Copa Energia participa do Energy Summit 2025 e destaca c...
23/06/25
Internacional
Conflito no Oriente Médio pode elevar os custos de produ...
23/06/25
COP30
IBP realiza segundo evento Pré-COP30 em Belém
23/06/25
Rio de Janeiro
Innovarpel 2025: especialista fala sobre nova era da cib...
23/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22