Jornal do Commercio
O vice-presidente executivo e de Relações com Investidores da Light, Ronnie Vaz Moreira, afirmou que o programa de investimentos da empresa para 2010 deve somar R$ 700 milhões. "Aumentaremos os investimentos no próximo ano em razão da aceleração dos investimentos em geração", contou o executivo, que participou, na sexta-feira, de evento promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), de São Paulo.
Para este ano, a meta da companhia é investir entre R$ 560 milhões e R$ 570 milhões, volume ligeiramente superior aos R$ 547 milhões apurados em 2008. Ao final de setembro, a Light já tinha investido R$ 353 milhões em 2009, com destaque para o combate às perdas de energia e na melhoria e expansão das redes de distribuição. Em 2010, o executivo prevê que os investimentos em geração serão impulsionados porque é neste ano que estão previstos o grosso dos desembolsos para a construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) Paracambi e Laje.
Além disso, Vaz Moreira comentou que a Light deve intensificar os seus investimentos no combate às perdas de energia da rede. Moreira afirmou também que os segmentos de geração e comercialização vão crescer no resultado da empresa. "Queremos deter um portfólio mais equilibrado. Atualmente, a distribuição representa aproximadamente 85% do nosso resultado", disse o executivo.
Moreira explicou que o equilíbrio nos resultados da companhia ocorrerá por meio de dois movimentos: o primeiro é a reprecificação dos contratos de venda de energia da empresa no segmento de geração. O executivo explicou que a companhia pretende aproveitar a descontratação de energia de suas usinas a partir de 2013 para firmar contratos a novos preços.
Hoje, a Light tem 510 MW médios negociados (de um total de 537 MW médios) a um valor médio de R$ 65/Mwh. "Em 2013, já negociamos um volume de 234 MW médios que ficaria descontratado a um preço de R$ 132/MWh. Ou seja, com a mesma base de ativos, iremos dobrar a receita e a geração de caixa do segmento de geração", disse o executivo. Para 2013, a Light ainda tem um volume de 146 MW médios descontratados. Para 2014, esse montante sobe para 276 MW médios.
O segundo movimento é a construção e a aquisição de usinas. No curto prazo, o foco da companhia está voltado para implementação das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) Paracambi e Lajes e da hidrelétrica Itaocara. As duas primeiras usinas já estão em construção, sendo que Paracambi tem previsão de ser concluída em meados de 2011. "Itaocara está em fase de licenciamento ambiental neste momento, processo que esperamos concluir em 2010", comentou o executivo. As três usinas adicionarão 121 MW de capacidade ao parque gerador da empresa, que hoje totaliza 855 MW de potência instalada.
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