Investimento

Libra amplia investimento no terminal de Santos

Grupo investirá R$ 800 milhões no porto de Santos (SP).

Valor Econômico
30/09/2014 13:59
Visualizações: 520 (0) (0) (0) (0)

 

O comércio exterior brasileiro em contêineres desaqueceu em 2014, num quadro de lenta recuperação das trocas internacionais, mesmo assim, o grupo Libra, especializado em logística portuária integrada, reviu para cima os números e irá investir R$ 800 milhões no porto de Santos (SP). A empresa aposta em um novo ciclo de crescimento dos volumes e aumento da inserção do Brasil na economia mundial. A última cifra do projeto estava em R$ 760 milhões.
O investimento da companhia, que realizou o primeiro arrendamento de terminal de contêineres na década de 1990, em Santos, irá dobrar a capacidade de movimentação no cais santista, onde está seu maior negócio - e a mais acirrada concorrência entre terminais de contêineres. São seis ao longo do canal de navegação.
O aporte integra um plano de R$ 2 bilhões de investimentos de 2014 a 2019 em infraestrutura, logística e tecnologia da informação (TI) voltada ao comércio exterior. O conglomerado empresarial, 100% controlado pela família Borges Torrealba, reúne outros tipos de negócios, como empresa de navegação e de produção de azeite.
O presidente do grupo, Marcelo Araújo, afirma que em quase todos os portos do Brasil o volume de comércio exterior - medido pela movimentação de contêineres cheios - está caindo. "Santos só está aumentando por conta do transbordo [transferência do contêiner entre navios, geralmente para reposicioná-lo]". Neste ano, o resultado do grupo deverá ficar "ligeiramente" acima de 2013, quando o lucro líquido foi de R$ 149 milhões. O principal braço da companhia - a Libra Terminais, com 71% da receita bruta - deverá registrar queda de volumes, mas o mix diferente de serviços levará o faturamento da unidade a ficar estável ou ter pequeno crescimento. Devido à frustração com os volumes do segundo trimestre, a companhia ainda não fechou o planejamento de 2015, o que normalmente ocorreria em agosto. "Atrasamos um pouco para ter os dados um pouco mais precisos", diz Araújo.
A queda maior deverá ocorrer na operação portuária de Santos, onde o aumento da concorrência, com a inauguração dos terminais BTP e Embraport em 2013, provocou um rearranjo das linhas de navegação no porto e reduziu os preços dos serviços cobrados pelos terminais. Desde 2011, os preços da Libra em Santos caíram de 25% a 30%.
Mas o aumento da competição não mudou os planos da empresa. "Estamos nos preparando para esse momento há cinco anos. A demanda vai aumentar. Nosso horizonte em Santos é de mais 20 anos, em serviços cada vez mais customizados", diz Araújo.
Com bem menos área do que seus principais concorrentes em Santos, a Libra vem apostando em ganho de eficiência no cais para competir em pé de igualdade. Neste ano o terminal quebrou seis vezes o recorde sul-americano de produtividade (movimento por hora) em um navio. A sua melhor marca, 184,3 movimentos por hora, foi batida no início do mês, pelo Tecon Santos.
Desde 2008 no cargo, o executivo ajudou a talhar o grupo para, se necessário, abrir capital para financiar novos investimentos. Os R$ 800 milhões para Santos já estão equacionados dentro da atual estrutura financeira. Não demandariam, portanto, a ida ao mercado aberto.
O projeto é dobrar a capacidade anual de movimentação da Libra Terminais Santos de 900 mil Teus (contêiner de 20 pés) para 1,7 milhão de Teus, aproximando a empresa dos três maiores terminais de contêineres de Santos: Tecon Santos, Embraport e BTP. Para realizar o investimento, a companhia pediu ao governo a antecipação da renovação de seus três contratos no porto de Santos, que seriam integrados num só com vencimento em 2018 prorrogável por mais 20 anos. Mas o governo tenta, primeiro, equacionar o passivo da empresa junto à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pelo não pagamento integral de tarifas à estatal referentes à exploração de um dos terminais, o T-35.
A Libra deixou de pagar os valores integrais porque diz que recebeu a área em desconformidade com o previsto no edital de licitação. Passou, assim, a fazer depósitos em juízo a partir de um acordo firmado em 2005. Em 2013, o contrato do T-35 respondia por 92% do volume total de contas a receber da Codesp, que ficou em R$ 1 bilhão.
A Codesp reconheceu diferença entre o edital e o terminal que entregou à arrendatária, o que deve puxar esse número para baixo. As partes negociam um acordo desde 2010 que prevê uma nova equação tarifária. No início do ano, a União quase bateu o martelo, mas o processo estagnou.
Agora, o Planalto teme o risco político de antecipar a renovação sem um acordo para equacionamento do passivo, já que a Lei dos Portos impede a prorrogação do prazo com empresas inadimplentes. "Pagamos em juízo, não estamos inadimplentes", diz Araújo.

O comércio exterior brasileiro em contêineres desaqueceu em 2014, num quadro de lenta recuperação das trocas internacionais, mesmo assim, o grupo Libra, especializado em logística portuária integrada, reviu para cima os números e irá investir R$ 800 milhões no porto de Santos (SP).

A empresa aposta em um novo ciclo de crescimento dos volumes e aumento da inserção do Brasil na economia mundial.

A última cifra do projeto estava em R$ 760 milhões.

O investimento da companhia, que realizou o primeiro arrendamento de terminal de contêineres na década de 1990, em Santos, irá dobrar a capacidade de movimentação no cais santista, onde está seu maior negócio - e a mais acirrada concorrência entre terminais de contêineres. São seis ao longo do canal de navegação.

O aporte integra um plano de R$ 2 bilhões de investimentos de 2014 a 2019 em infraestrutura, logística e tecnologia da informação (TI) voltada ao comércio exterior.

O conglomerado empresarial, 100% controlado pela família Borges Torrealba, reúne outros tipos de negócios, como empresa de navegação e de produção de azeite.

O presidente do grupo, Marcelo Araújo, afirma que em quase todos os portos do Brasil o volume de comércio exterior - medido pela movimentação de contêineres cheios - está caindo. "Santos só está aumentando por conta do transbordo [transferência do contêiner entre navios, geralmente para reposicioná-lo]". Neste ano, o resultado do grupo deverá ficar "ligeiramente" acima de 2013, quando o lucro líquido foi de R$ 149 milhões.

O principal braço da companhia - a Libra Terminais, com 71% da receita bruta - deverá registrar queda de volumes, mas o mix diferente de serviços levará o faturamento da unidade a ficar estável ou ter pequeno crescimento.

Devido à frustração com os volumes do segundo trimestre, a companhia ainda não fechou o planejamento de 2015, o que normalmente ocorreria em agosto. "Atrasamos um pouco para ter os dados um pouco mais precisos", diz Araújo.

A queda maior deverá ocorrer na operação portuária de Santos, onde o aumento da concorrência, com a inauguração dos terminais BTP e Embraport em 2013, provocou um rearranjo das linhas de navegação no porto e reduziu os preços dos serviços cobrados pelos terminais. Desde 2011, os preços da Libra em Santos caíram de 25% a 30%.

Mas o aumento da competição não mudou os planos da empresa. "Estamos nos preparando para esse momento há cinco anos.

A demanda vai aumentar. Nosso horizonte em Santos é de mais 20 anos, em serviços cada vez mais customizados", diz Araújo.

Com bem menos área do que seus principais concorrentes em Santos, a Libra vem apostando em ganho de eficiência no cais para competir em pé de igualdade.

Neste ano o terminal quebrou seis vezes o recorde sul-americano de produtividade (movimento por hora) em um navio. A sua melhor marca, 184,3 movimentos por hora, foi batida no início do mês, pelo Tecon Santos.

Desde 2008 no cargo, o executivo ajudou a talhar o grupo para, se necessário, abrir capital para financiar novos investimentos.

Os R$ 800 milhões para Santos já estão equacionados dentro da atual estrutura financeira. Não demandariam, portanto, a ida ao mercado aberto.

O projeto é dobrar a capacidade anual de movimentação da Libra Terminais Santos de 900 mil Teus (contêiner de 20 pés) para 1,7 milhão de Teus, aproximando a empresa dos três maiores terminais de contêineres de Santos: Tecon Santos, Embraport e BTP.

Para realizar o investimento, a companhia pediu ao governo a antecipação da renovação de seus três contratos no porto de Santos, que seriam integrados num só com vencimento em 2018 prorrogável por mais 20 anos.

Mas o governo tenta, primeiro, equacionar o passivo da empresa junto à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) pelo não pagamento integral de tarifas à estatal referentes à exploração de um dos terminais, o T-35.

A Libra deixou de pagar os valores integrais porque diz que recebeu a área em desconformidade com o previsto no edital de licitação.

Passou, assim, a fazer depósitos em juízo a partir de um acordo firmado em 2005. Em 2013, o contrato do T-35 respondia por 92% do volume total de contas a receber da Codesp, que ficou em R$ 1 bilhão.

A Codesp reconheceu diferença entre o edital e o terminal que entregou à arrendatária, o que deve puxar esse número para baixo.

As partes negociam um acordo desde 2010 que prevê uma nova equação tarifária. No início do ano, a União quase bateu o martelo, mas o processo estagnou.

Agora, o Planalto teme o risco político de antecipar a renovação sem um acordo para equacionamento do passivo, já que a Lei dos Portos impede a prorrogação do prazo com empresas inadimplentes. "Pagamos em juízo, não estamos inadimplentes", diz Araújo.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Elétrica
Prime Energy oferece benefícios do Mercado Livre de Ener...
12/09/24
Combustíveis
Câmara aprova emendas do Senado ao projeto dos combustív...
12/09/24
Itaboraí
Petrobras inaugura Complexo de Energias Boaventura
11/09/24
ANP
NAVE ANP: divulgadas empresas de energia participantes d...
11/09/24
Royalties
ANP atualiza estimativas de royalties e participação esp...
11/09/24
Pré-Sal
Pesquisadores da Unicamp analisam a injeção alternada de...
11/09/24
Reunião
ORPLANA participa de reunião do Conselho Nacional de Rec...
11/09/24
Marketing
PPSA anuncia atualização da marca
11/09/24
ANP
XII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente d...
11/09/24
Pré-Sal
Petrobras bate novo recorde de processamento de petróleo...
10/09/24
Baixo Carbono
Estudos de negócios de baixo carbono serão realizados en...
10/09/24
Metanol
Maersk apresenta primeiro navio movido à metanol a naveg...
09/09/24
MME
Previsto para junho de 2025, estudo irá avaliar os efeit...
09/09/24
Etanol
Tereos lança relatório de Sustentabilidade da safra 23/24
09/09/24
Transição Energética
RCGI apresenta resultados do projeto de pesquisa sobre p...
09/09/24
Mudanças Climáticas
Gás natural é uma saída sustentável e segura para proble...
09/09/24
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro fecha a semana em alta
09/09/24
Cooperação
Petrobras e Embrapa assinam cooperação para pesquisas em...
06/09/24
Drilling
Navio-sonda Norbe VIII chega ao RS para manutenção progr...
06/09/24
Premiação
World Refining Association premia Replan com Refinaria d...
06/09/24
Oferta Permanente
ANP aprova minutas de edital e modelos de contrato para ...
06/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.