Energia Eólica

Leilão é oportunidade para atrair investidores

Neste ano, o governo brasileiro realiza pela primeira vez um leilão para a energia eólica, entre o final e o começo do segundo semestre, o que representa uma iniciativa inédita. O volume de energia que será negociado no leilão ainda não foi definido.

Redação/ Agências
03/02/2009 13:22
Visualizações: 703 (0) (0) (0) (0)

Neste ano, o governo brasileiro realiza pela primeira vez um leilão para a energia eólica, entre o final e o começo do segundo semestre, o que representa uma iniciativa inédita. O volume de energia que será negociado no leilão ainda não foi definido.

 

Segundo o presidente da consultoria Andrade & Canellas, João Carlos Mello, o leilão representa uma tentativa de expansão da matriz renovável no Brasil, que possui menos de 1% da demanda e surgiu devido à conquista de maior espaço das fontes renováveis na sociedade e o consequente crescimento da conscientização.

 

Mello revela que essa é uma oportunidade para chamar a atenção dos investidores e de empresas estrangeiras.

 

"O governo agora resolve abrir espaço para a energia eólica, embora tenha um preço acima das demais. Neste leilão, o Brasil espera por possibilidades de importar tecnologia européia", afirma o consultor.

 

Atualmente, são poucas as estrangeiras voltadas a investimentos no setor eólico que estão instaladas do Brasil. Entre elas estão a Siemens, a General Eletric (GE) e a Suzlon.

 

Apesar da indefinição do volume de energia negociado, o que se sabe é que a usina hidrelétrica de Belo Monte no Pará deverá ser colocada em leilão entre outubro e novembro deste ano.

 

A Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE) já vem realizando reuniões com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) com o objetivo de instaurar um programa de longo prazo no País, de pelo menos 10 anos, com leilões anuais garantindo a compra de no mínimo 1.000 MW. O potencial nacional para a exploração da energia eólica é de 143 Mws ao ano, porém estamos utilizando apenas 6% desse volume, esclarece Lauro Fiúza, presidente da ABEEólica.

 

Fiúza, destaca que uma das grandes vantagens desse tipo de energia é o custo operacional zero, além da certeza da estabilidade dos preços, ao contrário do sistema de geração utilizado nas térmicas, que depende da volatilidade dos custos dos combustíveis.

 

Em 2002, o Brasil já havia instituído o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), com o objetivo de aumentar a participação da energia elétrica gerada a partir de unidades de produção baseadas em biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no Sistema Interligado Nacional (SIN). No entanto, o programa não obteve os resultados esperados. "Infelizmente o resultado do Proinfa poderia ter sido melhor. A demanda pela energia eólica foi muito pequena e não houve instalação de muitas indústrias", esclarece João.

 

O custo atual da energia eólica varia entre R$ 200 a R$ 240 por Kwh. Com a realização dos leilões neste ano, há um consenso entre os analistas de que ocorrerá uma redução nos preços, à medida em que a eólica se tornar mais usual.

 

Estima-se que o preço inicial oferecido no leilão seja de R$ 180 por Kwh. Mas ainda é cedo para previsões. "O Brasil possui um potencial muito grande nesse setor [eólico] há 10 anos e é válido possuir uma parte reservada para a comercialização de forma anual", opina o presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), Maurício Tolmasquim.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Solar
Transpetro inaugura usina solar para abastecer o Termina...
17/07/25
Internacional
IBP participa do World Oil Outlook da OPEP com análise s...
17/07/25
BRANDED CONTENT
20 Anos de Merax – Histórias que Norteiam o Futuro
16/07/25
Fenasucro
Bioenergia ganha força no debate global sobre energia li...
16/07/25
Gás Natural
Gasmig: 39 anos de energia, inovação e compromisso com M...
16/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
15/07/25
Evento
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
15/07/25
Sustentabilidade
PRIO avança em sustentabilidade e reforça governança cor...
15/07/25
PPSA
Produção de petróleo da União sobe 13,2% e alcança 128 m...
15/07/25
Bacia de Campos
Equinor recebe do Ibama Licença de Instalação do Gasodut...
15/07/25
Firjan
Para tratar sobre o "tarifaço", Firjan participa de reun...
15/07/25
Tecnologia e Inovação
Equinor lança terceira edição de programa de inovação ab...
14/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
14/07/25
Pré-Sal
FPSO P-78 deixa Singapura rumo ao campo de Búzios
14/07/25
RenovaBio
Lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadim...
14/07/25
Gás Natural
Competitividade econômica e sustentabilidade para o Para...
14/07/25
Etanol
Etanol recua na segunda semana de julho, aponta Cepea/Esalq
14/07/25
Petrobras
Angélica Laureano assume como Diretora Executiva de Tran...
11/07/25
Gás Natural
Transportadoras de gás natural lançam nova versão de pla...
11/07/25
Parceria
Equinor e PUC-Rio firmam parceria de P&D de R$ 21 milhões
11/07/25
Resultado
Setor de Óleo e Gás lidera distribuição de proventos em ...
10/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.