Reserva de petróleo recuperável é estimada em 8 bilhões de barris.
Revista TN Petróleo, Redação com Agência
O primeiro leilão sob contrato de partilha, em que a União recebe pagamentos relativos ao lucro com o petróleo extraído da camada pré-sal, será realizado na próxima segunda-feira (21). A área licitada, o prospecto de Libra, tem uma reserva de petróleo recuperável estimada entre 8 e 12 bilhões de barris, o que justifica as expectativas do mercado global de energia.
Do certame, participarão onze empresas - CNOOC International Limited (China); China National Petroleum Corporation (CNPC) (China); Ecopetrol (Colômbia); Mitsui & CO (Japão); ONGC Videsh (Índia); Petrogal (Portugal); Petrobras (Brasil); Petronas (Malásia); Repsol/Sinopec (Hispano-Chinesa); Shell (Anglo-Holandesa) e Total (Francesa) -, e as vencedoras ajudarão o país a avançar como grande produtor mundial de petróleo.
Atualmente o 13º no ranking de produtores, o Brasil terá que ir além das tecnologias necessárias para os cenários profundos do pré-sal, e investir muito em infraestrutura. Segundo a diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Magda Chambriard, o campo de Libra, sozinho, deve ter um pico de produção com 1,4 milhão de barris de petróleo por dia. Segundo ela, esse cenário otimista deve acontecer em 10 ou 15 anos. Hoje, o Brasil possui produção de 2,2 milhões de barris/dia, isso mostra que Libra representará algo em torno de dois terços da produção atual de hidrocarbonetos. "Depende, é claro, da velocidade de desenvolvimento (da produção) do campo", disse a diretora da ANP, avaliando também que no ano que vem a agência deve estudar as bacias sedimentares brasileiras, no intuito de apurar "boas áreas para licitar".O consórcio ganhador do primeiro leilão do pré-sal terá que pagar um bônus fixo de R$ 15 bilhões ao Tesouro Nacional. Como a Petrobras precisa ter no mínimo 30%, terá que pagar pelo menos R$ 4,5 bilhões.
Infraestrutura
O prospecto de Libra deverá requerer entre 12 e 15 plataformas de produção. Cada plataforma é servida por cerca de quatro barcos de apoio marítimo, que transportam insumos e mantimentos.
Libra, portanto, deverá demandar, no mínimo, mais 48 embarcações, que vão se juntar à frota de apoio marítimo hoje em operação no Brasil, formada por 453 barcos. O mercado estima, com base em números da Petrobras, que até o fim da década essa frota possa situar-se em cerca de 750 embarcações, um crescimento de 65%.
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