P-55

Keppel Fels oferece a melhor proposta para construção

<P>As propostas financeiras para a construção da plataforma semi-submersível P-55 da Petrobras, prevista para entrar em operação na Bacia de Campos (RJ) em 2010, foram abertas ontem em audiência marcada por controvérsias. O consórcio Joint Venture P-55, liderado pelo grupo Keppel Fels, ofere...

Valor Econômico
04/01/2007 00:00
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As propostas financeiras para a construção da plataforma semi-submersível P-55 da Petrobras, prevista para entrar em operação na Bacia de Campos (RJ) em 2010, foram abertas ontem em audiência marcada por controvérsias. O consórcio Joint Venture P-55, liderado pelo grupo Keppel Fels, ofereceu preço de US$ 1,65 bilhão para construir a plataforma. O outro consórcio na disputa, o Atlântico Sul, da Camargo Corrêa, apresentou preço de US$ 1,81 bilhão. A diferença entre elas foi de 9,7%.

Depois de conhecidos os valores, um representante da Joint Venture P-55 disse à comissão de licitação que garantiria um desconto de 4% sobre o preço global, o que motivou protestos dos integrantes do Atlântico Sul. Com o desconto, a diferença de preço subiria para cerca de 15%. O Joint Venture P-55 é formado pela Technip, Odebrecht e UTC Engenharia, além do Keppel Fels, que controla o estaleiro Brasfels, de Angra dos Reis (RJ), onde estão em construção as plataformas P-51 e P-52.

Uma fonte que participou da audiência disse que a apresentação de um desconto em plena sessão pública de abertura dos envelopes foi inédito em concorrências da Petrobras. A iniciativa poderia abrir precedente para que o Atlântico Sul também viesse a oferecer um desconto sobre o seu preço.

As propostas financeiras da P-55 serão analisadas pela estatal, mas o resultado da audiência deixou incertezas sobre a rápida conclusão do processo. A Petrobras, segundo fontes do setor, teria interesse de bater o martelo até o fim do mês. Também é uma incógnita se a estatal vai aceitar os preços apresentados ontem pelos consórcios ou se abrirá nova licitação à semelhança do que fez com a P-57.

Na semana passada, a Petrobras cancelou a licitação para a construção do navio-plataforma P-57 por considerar os preços altos. O Atlântico Sul, formado por Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Aker Promar e Samsung, ofereceu US$ 1,77 bilhão. O estaleiro Mauá Jurong, de Niterói, apresentou preço mais alto, de US$ 2,38 bilhões.

O diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, disse que a empresa tem pressa em concluir as licitações da P-55 e P-57. Vamos ao mercado conversar com as empresas e as associações de classe para ver o que pode ser mudado no edital da P-57, para baixar o preço, disse. Duque falou por telefone, da Bahia, antes de conhecer o resultado da abertura das propostas da P-55. Ele avaliou que o preço reflete uma percepção de risco.

Os projetos das duas plataformas (P-55 e P-57) são controladas por sociedades de propósito específico (SPEs), com sede em Delaware, nos Estados Unidos. Ambas as unidades terão capacidade de produção de 180 mil barris de óleo equivalente por dia (boe) e estão previstas para entrar em operação em 2010, na Bacia de Campos.

Mesmo antes da conclusão das licitações o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já se prepara para financiar os projetos. Nos últimos anos, o banco destinou US$ 1,54 bilhão para quatro projetos de plataformas. Na P-52, prevista para entrar em operação no primeiro semestre deste ano, o BNDES financiou US$ 378 milhões, cerca de 40% do investimento total, de US$ 923 milhões (ver tabela acima).

Luciene Machado, do BNDES-Exim, braço de exportações do banco, diz que as plataformas P-43 e P-48, financiadas pelo banco, tiveram uma exigência menor do que os últimos projetos (P-51 e P-52) em termos de conteúdo nacional. A estatal não apresentou ao BNDES os valores que gostaria de ter financiados para a P-55 e P-57.

A expectativa do BNDES é de que as duas plataformas tenham um percentual de nacionalização semelhante aos da P-51 e P-52. O índice de nacionalização do topside (equipamentos acima do convés) das duas plataformas ficou acima de 70%. Luciene disse que caso os cascos das duas plataformas sejam construídos no Brasil seria possível, se preciso, flexibilizar (reduzir) o conteúdo nacional do topside.

Também existe a possibilidade de que a liquidez de crédito no mercado leve o BNDES a ter uma participação menor nas novas plataformas. Em 2006, o banco de fomento liberou US$ 315 milhões para financiamento às plataformas da Petrobras.

Fonte: Valor Econômico

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