Hidrelétrica

Justiça suspende processo de licenciamento ambiental de usina no Tapajós

Suspensão é temporária.

Agência Brasil
17/04/2013 12:53
Visualizações: 494 (0) (0) (0) (0)

 

O desembargador João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, determinou a suspensão temporária do processo de licenciamento ambiental relativo às obras da Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós, no Rio Tapajós, oeste do Pará, e todas as ações relacionadas ao empreendimento. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, na decisão, que ainda não foi publicada no Diário Oficial da Justiça, o desembargador determina a suspensão "até o julgamento do mérito da presente ação".
O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) apresentou, no mês passado, o pedido ao TRF-1 como recurso contra decisão da Justiça Federal em Santarém, que havia negado a interrupção das atividades. Segundo o recurso, atendido na íntegra, antes de serem feitos estudos de impacto ambiental que demandem a presença de técnicos no local, é preciso haver consulta "livre, prévia e informada", não apenas aos povos indígenas, mas também às populações tradicionais atingidas, nos moldes do estabelecido na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.
O Ministério Público ressaltou, em nota, que a decisão alcança a Operação Tapajós, por meio da qual militares e policiais atuam na região, por determinação do governo federal, para garantir a realização dos estudos, coordenados pela Eletrobras. O Ministério de Minas e Energia informou, em comunicado divulgado anteriormente, que a presença dos técnicos na região é para avaliar o "potencial hídrico do Rio Tapajós para a eventual construção de usinas hidrelétricas", acrescentando que os estudos ambientais e de engenharia são uma etapa prévia e necessária para se avaliar a viabilidade do empreendimento.
Ainda segundo a nota do MPF/PA, o tribunal determinou que, após as consultas, serão elaboradas a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) dos impactos decorrentes da instalação de empreendimentos hidrelétricos em toda a Bacia do Tapajós.
Na avaliação dos procuradores da República que atuam no caso, Fernando Antônio Alves de Oliveira Júnior, Felipe Bogado e Luiz Antonio Miranda Amorim Silva, a Operação Tapajós impede o diálogo e a consulta como determina a Convenção da OIT. “Não existe diálogo, mas predisposição ao confronto", dizem no texto do recurso. Eles alertam que há o risco de confronto entre policiais e manifestantes contrários à construção de usinas no Rio Tapajós, principalmente os índios da etnia munduruku, que vivem em áreas que serão afetadas pelos empreendimentos.
Ainda segundo o Ministério Público, o contingente da Operação Tapajós está na região desde o fim de março e conta com integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Forças Armadas. Eles foram autorizados a acompanhar o grupo de biólogos, engenheiros florestais e técnicos que percorrem áreas afetadas pelo empreendimento a fim de realizar os estudos necessários à obtenção da licença ambiental prévia à construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós.
Em entrevista à 'Agência Brasil', no início de abril, o secretário nacional de Articulação Social da Presidência da República, Paulo Maldos, garantiu que os pesquisadores e policiais que estão na região não vão ingressar em território indígena. Segundo o secretário, a pesquisa - que começou no fim de março, com autorização judicial - servirá “de insumo para o processo de avaliação de impacto [ambiental, social e econômico] e de viabilidade de futuros projetos de aproveitamento hídrico”.
Em relação à decisão judicial, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou, por meio da assessoria de imprensa, que está preparando recurso.

O desembargador João Batista Moreira, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, determinou a suspensão temporária do processo de licenciamento ambiental relativo às obras da Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós, no Rio Tapajós, oeste do Pará, e todas as ações relacionadas ao empreendimento. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, na decisão, que ainda não foi publicada no Diário Oficial da Justiça, o desembargador determina a suspensão "até o julgamento do mérito da presente ação".


O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) apresentou, no mês passado, o pedido ao TRF-1 como recurso contra decisão da Justiça Federal em Santarém, que havia negado a interrupção das atividades. Segundo o recurso, atendido na íntegra, antes de serem feitos estudos de impacto ambiental que demandem a presença de técnicos no local, é preciso haver consulta "livre, prévia e informada", não apenas aos povos indígenas, mas também às populações tradicionais atingidas, nos moldes do estabelecido na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.


O Ministério Público ressaltou, em nota, que a decisão alcança a Operação Tapajós, por meio da qual militares e policiais atuam na região, por determinação do governo federal, para garantir a realização dos estudos, coordenados pela Eletrobras. O Ministério de Minas e Energia informou, em comunicado divulgado anteriormente, que a presença dos técnicos na região é para avaliar o "potencial hídrico do Rio Tapajós para a eventual construção de usinas hidrelétricas", acrescentando que os estudos ambientais e de engenharia são uma etapa prévia e necessária para se avaliar a viabilidade do empreendimento.


Ainda segundo a nota do MPF/PA, o tribunal determinou que, após as consultas, serão elaboradas a Avaliação Ambiental Integrada (AAI) e a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) dos impactos decorrentes da instalação de empreendimentos hidrelétricos em toda a Bacia do Tapajós.


Na avaliação dos procuradores da República que atuam no caso, Fernando Antônio Alves de Oliveira Júnior, Felipe Bogado e Luiz Antonio Miranda Amorim Silva, a Operação Tapajós impede o diálogo e a consulta como determina a Convenção da OIT. “Não existe diálogo, mas predisposição ao confronto", dizem no texto do recurso. Eles alertam que há o risco de confronto entre policiais e manifestantes contrários à construção de usinas no Rio Tapajós, principalmente os índios da etnia munduruku, que vivem em áreas que serão afetadas pelos empreendimentos.


Ainda segundo o Ministério Público, o contingente da Operação Tapajós está na região desde o fim de março e conta com integrantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública e Forças Armadas. Eles foram autorizados a acompanhar o grupo de biólogos, engenheiros florestais e técnicos que percorrem áreas afetadas pelo empreendimento a fim de realizar os estudos necessários à obtenção da licença ambiental prévia à construção do Complexo Hidrelétrico do Tapajós.


Em entrevista à 'Agência Brasil', no início de abril, o secretário nacional de Articulação Social da Presidência da República, Paulo Maldos, garantiu que os pesquisadores e policiais que estão na região não vão ingressar em território indígena. Segundo o secretário, a pesquisa - que começou no fim de março, com autorização judicial - servirá “de insumo para o processo de avaliação de impacto [ambiental, social e econômico] e de viabilidade de futuros projetos de aproveitamento hídrico”.


Em relação à decisão judicial, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou, por meio da assessoria de imprensa, que está preparando recurso.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Acordo
OneSubsea e Petrobras assinam acordo para desenvolver um...
21/05/25
Margem Equatorial
NOTA IBP – Aprovação pelo IBAMA do PPAF da Petrobras na ...
20/05/25
Biodiversidade
Empresas podem acessar até US$ 10 trilhões em oportunida...
20/05/25
Internacional
ApexBrasil lidera delegação brasileira na World Hydrogen...
20/05/25
Resultado
2024 é marcado por investimentos recordes e progresso na...
20/05/25
Resultado
Produção de petróleo em regime de partilha ultrapassa pe...
20/05/25
Margem Equatorial
Petrobras consegue do Ibama autorização de simulado em á...
20/05/25
IBP
Crescimento do mercado e diversidade em destaque no Semi...
20/05/25
Pré-Sal
Interligação submarina do Projeto Búzios 11 terá R$ 8,4 ...
19/05/25
Refino
Parada programada de manutenção da Refap, em Canoas (RS)...
19/05/25
IBP
Naturgy debate perspectivas de expansão do GNV e biometa...
19/05/25
Participação especial
Valores referentes à produção do primeiro trimestre de 2...
19/05/25
Etanol
Hidratado volta a cair e anidro sobe pela terceira seman...
19/05/25
IBP
Setor de gás busca soluções para acelerar o crescimento ...
16/05/25
IBP
Shell Energy Brasil defende integração setorial e estabi...
16/05/25
Leilão
PPSA publica edital para comercializar 78,5 milhões de ...
16/05/25
IBP
Investimentos em projetos de gás dependem de segurança f...
16/05/25
Etanol
Fenasucro & Agrocana lança 31ª edição com destaque para ...
15/05/25
Mato Grosso do Sul
Gás Natural: ANP firma acordo com reguladora do Mato Gro...
15/05/25
Energia Elétrica
CCEE liquidou R$ 4,00 bilhões no fechamento das operaçõe...
15/05/25
Gás Natural
ANP aprova revisão das especificações e controles de qua...
15/05/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22