Redação/Assessoria
Na busca de criar e desenvolver novas tecnologias que permitam reduzir custos e aumentar a produtividade, a Shell firmou um acordo com a Universidade de São Paulo (USP) e a SBM Offshore em projeto de sistema de captação de água de resfriamento em profundidades elevadas para plataformas flutuantes do tipo FPSO, com investimento previsto de até US$ 2 milhões. A água, obtida em temperaturas mais baixas, vai gerar melhorias na eficiência dos sistemas de geração de energia, compressão de gás, entre outras utilidades, gerando expressivos benefícios ambientais, além de otimização de custos operacionais.
“No mundo de hoje, inovação e desenvolvimento sustentável são pilares fundamentais da estratégia de qualquer empresa. Através deste projeto, teremos a oportunidade única de aplicar o conhecimento e as habilidades de engenheiros brasileiros em estudos para a otimização e eliminação de gargalos em plantas de processo e utilidades de FPSOs", destaca José Ferrari, gerente de Tecnologia da Shell.
O projeto consiste em um tubo de grande diâmetro e comprimento entre 600m e 1000m, feito de material especial. Atualmente, a captação de água de resfriamento se dá através de mangotes flexíveis cujo comprimento gira em torno de 80m, obtendo água em temperaturas próximas de 25oC. A expectativa é de que, com o novo sistema, seja possível reduzir essa temperatura em até 15 graus.
"É uma honra para a SBM Offshore apoiar o desenvolvimento tecnológico no Brasil por meio deste projeto, cujo impacto é muito significativo na exploração e produção de petróleo, em particular tendo em vista a complexidade e os desafios dos campos brasileiros do pré-sal. A SBM também vê o acordo como uma ótima oportunidade para reforçar o seu compromisso dos últimos 20 anos de investir no Brasil", celebra Guilherme Pinto, gerente de Engenharia & Tecnologia da SBM Offshore do Brasil.
A expectativa dos parceiros é que o projeto seja executado em 15 meses, até que atinja um nível elevado de maturidade tecnológica. Obtendo resultados positivos nesta primeira fase, a implementação em FPSOs, após a realização de testes de campo em escala real, será em um prazo de três anos.
“A realização deste relevante projeto é um brilhante exemplo do desenvolvimento de tecnologia a partir de conhecimento cunhado na universidade para atender as demandas por inovação da indústria”, ressalta Kazuo Nishimoto, professor da Escola Politécnica da USP.
A nova tecnologia será financiada com recursos da cláusula de Pesquisa & Desenvolvimento dos contratos de concessão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e conta ainda com o apoio do Instituto Oceanográfico da USP, do Centro de Caracterização e Desenvolvimento de Materiais da Universidade Federal de São Carlos e da Empresa de Base Tecnológica Argonáutica Engenharia e Pesquisas.
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