Eólica Offshore
Na sede da entidade, Teiji Hayashi foi recebido para uma apresentação sobre os avanços do projeto Aura Sul Wind e tratar de cooperação em energias renováveis.
Redação TN Petróleo/Assessoria Aura Sul Wind
O Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS) recebeu nesta quinta-feira, 13 de novembro, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, para uma agenda institucional. O destaque do encontro foi a apresentação do Aura Sul Wind, o primeiro projeto-piloto de eólica offshore flutuante do Brasil. Representando um marco para a transição energética no País, quando instalado deverá ser a maior turbina eólica offshore flutuante do mundo em capacidade de geração de energia nesse segmento, a iniciativa é liderada pela empresa japonesa JB Energy, em parceria com a Portos RS, UFRGS, além do Sindienergia-RS, da ABEEólica e um consórcio internacional que une empresas, entidades e esferas de governo do Brasil e do Japão. Previsto para a cidade de Rio Grande, em área próxima ao porto, tem previsão para iniciar a fase de testes em 2029.
"O Rio Grande do Sul se posiciona como referência nacional em energia renováveis, com altíssimo potencial para evoluir muito mais. Queremos, juntos, desenhar as próximas etapas para a efetiva implantação deste projeto grandioso e inédito, que simboliza não apenas a força da inovação, mas também a harmonia entre nações que compartilham o mesmo compromisso com o desenvolvimento sustentável", destacou em seu pronunciamento, a presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal.
Durante a visita, o embaixador Hayashi e a representante da embaixada do Japão no Brasil, Ritsuko Kawashima, conheceram os progressos do projeto - que contempla estudos de favorabilidade para o desenvolvimento de offshore wind na região do RS, medições meteorológicas (ventos, onda e correnteza), avanços em hidrodinâmica, ancoragem, integração casco-turbina e transmissão elétrica, além de impactos socioambientais. "Expandir a cooperação tecnológica e as relações econômicas entre os dois países no setor de energias é um dos nossos focos. Temos muito interesse em ampliar parcerias e trazer mais empresas do Japão para agregar em empreendimentos como esse, por exemplo", afirmou Hayashi.
A apresentação aos visitantes foi conduzida pelo CEO da JB Energy e pesquisador da Universidade de Tóquio, no Japão, Rodolfo Gonçalves, e pela professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Adriane Petry - coordenadora do NIEPIEE (Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica). "O Aura Sul Wind utilizará tecnologia japonesa de plataformas flutuantes em concreto - solução de menor custo e impacto ambiental, já validada internacionalmente. Entre os avanços que tivemos nos últimos meses, destaco a definição da localização - que será a 60 quilômetros da saída do Porto de Rio Grande e lâmina d'água de 45 metros - e o início de tratativas para o estudo de licenciamento ambiental, junto ao Governo Federal (Ibama e Ministério de Minas e Energia) e Marinha do Brasil", revelou Rodolfo.
Após a primeira agenda, os parceiros técnicos participaram de uma reunião de trabalho para tratar dos próximos passos do projeto e das oportunidades de cooperação no setor. Está previsto que, ainda no primeiro semestre de 2026, se iniciem as medições de vento em alto mar. Também estiveram presentes na agenda com o embaixador do Japão no Brasil representantes de entidades como Portos RS, INVEST RS e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).
Sobre o Aura Sul Wind – O Aura Sul Wind é o primeiro projeto-piloto de energia eólica offshore flutuante do Brasil. Concebido em parceria internacional formada por JB Energy (Japan Blue Energy Co.), Sindienergia-RS, Ming Yang Smart Energy, Portos RS, Technomar Engenharia, Blue Aspirations Brazil e UFRGS, com apoio da ABEEólica e de órgãos governamentais, a iniciativa ainda está aberta ao ingresso de novos parceiros e investidores. A plataforma será instalada em águas profundas próximas ao porto da cidade de Rio Grande (RS) e deverá iniciar sua fase de testes em 2029, consolidando o estado como polo estratégico de inovação e descarbonização na América Latina, e servindo de benchmark regulatório para o Brasil.
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