Usina mantém título de maior do mundo em geração de energia.
Redação TN/ Ascom Itaipu
Na próxima segunda-feira (5), a usina de Itaipu completará 30 anos de geração de energia. Hoje, se não fosse aquela resolução “polêmica”, nem o Brasil nem o Paraguai teriam como sustentar o crescimento de suas economias. A Itaipu Binacional se tornou estratégica para os dois países e responde atualmente por 17% do consumo de energia elétrica do mercado brasileiro e 75% do paraguaio.
Dez anos depois de constituída a empresa binacional, para gerenciar e depois administrar a usina (Itaipu comemora 40 anos de criação no dia 17 de maio), entrou em operação efetiva sua primeira unidade geradora. Exatamente às 12h40 do dia 5 de maio de 1984 foi feita a primeira interligação com o sistema elétrico do Paraguai, país sócio do empreendimento. A energia de Itaipu chegou ao Brasil um pouco mais tarde, porque o sistema de transmissão, operado por Furnas, ainda não estava concluído. A usina fechou 1984 com duas unidades instaladas, que geraram 277 mil MWh.
No ano seguinte, quando teve início a venda efetiva da energia gerada por Itaipu, já com três unidades geradoras instaladas, a usina produziu 6.327 MWh. A produção foi crescendo gradualmente, com a entrada em operação de novas unidades geradoras. A 18ª foi instalada em 1991. Em 1995, quando a energia de Itaipu já era importante para garantir o abastecimento do Brasil, Itaipu superou pela primeira vez os 75 milhões de MWh de energia garantida previstos no Tratado que deu origem à hidrelétrica. E nos anos de 1999 e 2000, quando o Brasil enfrentou uma crise de eletricidade, a usina superou os 90 milhões de MWh (93,4 milhões em 2000).
A marca de 90 milhões seria superada novamente em 2006 e 2007, ano em que foram inauguradas mais duas unidades de 700 megawatts, completando, assim, as 20 previstas no projeto inicial. Em 2012 e 2013, novos recordes mundiais – no ano passado, Itaipu gerou 98,6 milhões de MWh.
“Do ponto de vista da eficiência em geração de energia limpa e renovável, Itaipu é um caso de sucesso sem paralelo no mundo, motivo de orgulho para brasileiros e paraguaios. Temos bons motivos, portanto, para comemorar em 2014 os 40 anos de criação de Itaipu (17 de maio) e 30 anos do início de operação da usina”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.
Do início da entrada em operação da primeira unidade geradora até agora (considerando a previsão até 5 de maio de 2014), a usina de Itaipu gerou um total de 2,16 bilhões de MWh.
Essa energia toda seria suficiente para abastecer o mundo inteiro por 38 dias. A produção acumulada de Itaipu também atenderia o consumo dos Estados Unidos por 6 meses e 5 dias e da gigantesca China por 5 meses e 9 dias.
Os 2,16 bilhões de MWh seriam suficiente para suprir o consumo do Brasil por quatro anos e oito meses e da América Latina por dois anos, cinco meses e 11 dias. O Paraguai seria atendido por 176 anos e 9 meses. Já o Estado de São Paulo seria abastecido por 15 anos, 10 meses e 21 dias.
O Estado do Rio de Janeiro seria suprido por 55 anos, 2 meses e 20 dias. Já a cidade de São Paulo teria energia elétrica por 72 anos, oito meses e 23 dias e a cidade do Rio de Janeiro por 122 anos, 4 meses e 24 dias. A Região Sul seria atendida por 26 anos, 9 meses e 23 dias e a Região Sudeste por 9 anos e 11 dias.
Mesmo com a entrada em operação da usina chinesa de Três Gargantas, com maior capacidade instalada (22.400 MW contra os 14 mil MW de Itaipu), a usina brasileira e paraguaia mantém o título de maior produtora de energia elétrica do mundo.
Nos dois últimos anos, o recorde mundial de geração de energia ficou com Itaipu. Em 2013, o marco histórico foi de 98.630.035 MWh. Ainda assim, a área técnica de Itaipu tem como meta atingir os 100 milhões de MWh nos próximos anos.
A capacidade instalada de Itaipu é de 14 mil megawatts (MW). A usina tem 20 unidades geradoras, cada uma com capacidade nominal de 700 MW. A 19ª unidade foi instalada em 2006 e a última em 2007.A energia garantida de Itaipu é de 75 milhões de megawatts-hora, mas a usina produz, anualmente, acima de 90 milhões de MWh.
A produção supera a capacidade nominal das unidades geradoras graças, principalmente, aos cuidados com sua manutenção e operação.
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