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ISO 50.001 certificará indústrias em desempenho energético

Será lançada neste segundo semestre a nova ISO 50.001, que certificará empresas que adotarem políticas de sustentabilidade no uso adequado da energia e na promoção da eficiência energética.

Redação
16/05/2011 14:14
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Será lançada neste segundo semestre a nova ISO 50.001, que certificará empresas que adotarem políticas de sustentabilidade no uso adequado da energia e na promoção da eficiência energética.

 

A demanda por uma norma internacional que apontasse diretrizes para o consumo consciente de energia surgiu em 2007 por meio de uma iniciativa do Brasil e EUA para desenvolvimento de um texto internacional, ideia compartilhada pela ISO. A partir daí, os dois países assumiram em conjunto a secretaria do ISO PC242, órgão que coordena os trabalhos internacionais para elaboração da ISO 50.001.

 

O Procobre Brasil foi uma das entidades que colaboraram na elaboração da ISO com foco na melhoria contínua do desempenho energético das organizações. “O desempenho está baseado em três pontos específicos: uso (aspecto qualitativo da energia, que inclui também aspectos de comportamento humano entre outros), quantidade (aspecto quantitativo da energia, focando o consumo e sua redução) e eficiência energética (aspecto tecnológico e vinculado ao balanço entre os recursos energéticos despendidos e os resultados obtidos num determinado processo)”, explica Alberto Fossa, consultor do Procobre, coordenador da Comissão de Gestão da Energia da ABNT e chefe da Delegação Brasileira no ISO PC 242.

 

Outra meta da norma é garantir disponibilidade de suprimento de energia, aumentando a competitividade e contribuindo para reduzir o impacto das mudanças climáticas. A melhoria contínua do desempenho energético levará à diminuição do consumo global de energia.

 

Segundo Fossa, a publicação está em processo de consulta internacional do FDIS (Final Draft of International Standard). “Esse é o último estágio do processo. Em paralelo, o Brasil já está com o seu texto em português pronto, que também se encontra em consulta nacional. Os dois textos devem ser publicados simultaneamente”, explica.

 

O ICA International Copper Association – instituição da qual o Procobre faz parte – possui um grupo de trabalho para coordenar todas as atividades relativas à ISO 50001, incluindo apoio técnico e consultoria a outros centros de promoção de cobre existentes ao redor do mundo, especialmente àqueles localizados na Bélgica, China e Índia. Além disso, iniciativas como esta tem sido apoiadas pelo ICA em países como Chile, Perú e México, por meio do Programa de Energia Elétrica Sustentável. Este programa tem como objetivo otimizar o uso do cobre nos sistemas  elétricos para impulsionar a eficiência energética, a proteção ao meio ambiente, a segurança e a confiabilidade durante a geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

 

A ISO 50.001 vem contribuir com o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE), que considera a eficiência energética como um fator fundamental para equacionamento do suprimento nos próximos anos. O Pnef (Plano Nacional de Eficiência Energética) também está em elaboração e cita explicitamente a ISO 50.001 como uma ferramenta importante na disseminação dos conceitos de eficiência energética no país.

 

O Plano Nacional de Eficiência Energética apresenta também propostas de políticas a serem implementadas, particularmente no setor industrial, como incentivos fiscais para modernização e eficiência energética; compulsoriedade de eficiência energética vinculada à concessão de financiamentos; certificados de redução de consumo e estabelecimento de índices de eficiência de referência para os setores da indústria.

 

Para a indústria e consumidores, a nova ISO será um motivador para aumento do uso de produtos eficientes, como os motores elétricos que são identificados com o selo do Procel. “Prevemos que a grande maioria das empresas adotará a ISO 50.001 como forma de demonstrar ao mercado seu compromisso com a sustentabilidade. A sociedade encontra-se mais sensibilizada com o tema das alterações climáticas e têm identificado de forma mais contundente diferenças entre empresas responsáveis e não responsáveis”, comenta o consultor.
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