Empreendimento completa 10 anos.
Agência Brasil
Inaugurado em 2003 com o objetivo de estimular a interação entre a universidade - alunos e professores - e empresas, promovendo a transformação de conhecimento em riqueza, o Parque Tecnológico do Rio-UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) completará 10 anos em 2013, chegando a R$ 1 bilhão em investimentos.
“O ambiente de inovação garante às empresas um acesso diferenciado a laboratórios, profissionais de alta qualificação, e gera oportunidades de negócios e de pesquisas de ponta”, destaca Maurício Guedes, diretor executivo do parque.
O sucesso do empreendimento é medido pela presença de unidades de pesquisas de grandes organizações e de empresas inovadoras de pequeno e médio portes (como a FMC, Siemens, GE, Georadar, entre outras). Esse movimento foi impulsionado pela presença de uma empresa âncora - a Petrobras, por meio de seu centro de pesquisas.
Além de abrigar centros de pesquisa de multinacionais, o parque gera oportunidades para empresas de base tecnológica de menor porte. Para ampliar o apoio ao setor, os dirigentes reservaram parte área para o desenvolvimento de projetos de incentivo às pequenas e médias empresas.
Uma delas é a Torre da Inovação, que vai abrigar uma centena de pequenas empresas de diversos setores. O objetivo é apoiar as nacionais em busca por novos mercados e as internacionais interessadas no mercado brasileiro.
Os planos de expansão da área física do parque incluem um terreno de 240 mil metros quadrados na Ilha do Bom Jesus, que virá se somar à área original. “A ocupação desta área seguirá um modelo ecologicamente sustentável, transformando o espaço no primeiro Polo Verde do país e criando um importante marco no avanço da economia verde”, ressalta Guedes.
Novas áreas licitadas
Guedes também informou que até o final do primeiro semestre deste ano a diretoria do parque lançará edital de concessão de espaço para instalação de novas empresas de desenvolvimento tecnológico.
Segundo o diretor, serão ofertados na licitação pública 25 mil metros quadrados (m²), dos quais 20 mil m² para um projeto destinado à construção de um prédio para empresas de inovação e um hotel.
Maurício Guedes lembrou que negociações recentes com a Embratel resultaram na devolução de 15 mil metros quadrados ao parque. Com isso, haverá mais áreas disponíveis para as empresas, que serão licitadas em meados do próximo ano.
“Esta licitação, prevista para meados do próximo ano, deverá envolver um total de 30 mil m². Se levarmos em conta os outros 100 mil m² que estão sendo adquiridos pelo governo estadual, os investimentos poderão ultrapassar R$ 2 bilhões nos próximos quatro a cinco anos”, disse.
Novos investimentos podem somar R$ 3 bilhões
Lançado em meados de março deste ano, o Plano Inova Empresa evidencia a necessidade de criação de parques tecnológicos no país, disse Guedes. O plano prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões nos próximos dois anos para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nos setores industrial, agrícola e de serviços.
Ao estruturar um programa para aumentar a capacidade de inovação da economia brasileira, o governo propiciará, indiretamente, a expansão do Parque, que poderá chegar a atrair investimentos adicionais de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, afirmou Guedes à 'Agência Brasil'. Segundo ele, o tema "parques tecnológicos" está entrando com força total na agenda nacional.
"É importante que o país tenha um programa estruturado para aumentar a capacidade de inovação de sua economia, e o aumento da capacidade de inovação se dá com investimentos, integração com as universidades e formação de mestres e doutores. E o Brasil vem tendo uma evolução importante nestes últimos anos”, destacou.
Para este ano, o investimento federal em inovação está em torno de R$ 100 milhões em parques tecnológicos. Para ele, ainda é pouco, até porque existem hoje propostas para criação de mais de 100 parques tecnológicos em todo o país, embora seja um avanço. "A Universidade Federal do Rio de Janeiro faz sua parte, procurando expandir as áreas de atividade. Estamos caminhando para a expansão de nossas fronteiras, negociando a entrada de novas empresas, agregando novas áreas territoriais para esse crescimento”.
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