Mercado

'Invasão' chinesa chega para o pré-sal

Folha de São Paulo
13/09/2011 11:08
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De olho em encomendas que devem somar US$ 400 bilhões até 2020, empresas chinesas do setor de petróleo e gás preparam uma espécie de "invasão" ao Brasil.

Pelo menos 20 fornecedores da cadeia de bens e serviços de petróleo desembarcam ainda em 2011 no Brasil, em busca da forte demanda oriunda especialmente de projetos na camada pré-sal, liderados na maior parte pela Petrobras.

Depois de investir principalmente em telecomunicações e em equipamentos de construções rodoviárias, a nova leva de recursos chineses no Brasil será destinada à cadeia petrolífera, segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang. "O Brasil é um mercado importantíssimo, e as empresas chinesas querem investir", afirma.

Inicialmente, essas companhias chegam abrindo representações por aqui. A perspectiva, segundo Tang, é que muitas delas passem a produzir no Brasil. "Os projetos têm cada vez maior índice de conteúdo nacional. Portanto, fabricar aqui no país vem se tornando um elemento importante", observa.

Vai se instalar aqui, por exemplo, a Honghua, fabricante de sondas que recentemente ganhou contrato para fornecer dois equipamentos de perfuração terrestre para a Queiroz Galvão Óleo e Gás.

Outra companhia que prepara a entrada no país é a CIMC Raffles, que já forneceu duas plataformas de perfuração para o grupo Schahin.


Temor

A indústria nacional não esconde o temor com a entrada de mais empresas chinesas. Para Bruno Musso, superintendente da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), a maior parte das companhias que estão chegando está simplesmente abrindo escritórios e vendendo produtos importados. "Temos a percepção de que eles estão chegando com mais força, mas sempre na linha exploratória. Inclusive trazendo trabalhadores chineses", afirma.

Musso diz não ser contrário à chegada de empresas de outros países, desde que venham agregar à produção nacional.

No ano passado, duas grandes petrolíferas chinesas desembarcaram no país. A estatal Sinopec, maior companhia de petróleo do país asiático, adquiriu 40% do capital da Repsol Brasil.

Já a Sinochem obteve, por US$ 3 bilhões, 40% de participação no campo de Peregrino, na bacia de Campos (litoral do Rio). A norueguesa Statoil é a outra sócia do bloco.

Maior compradora de produtos brasileiros, a China tem interesse em investir também em transporte marítimo, cujas atividades dão apoio à atividade petrolífera.
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