Dois dias após a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que se houvesse reajuste no preço do aço brasileiro ele poderia reduzir a zero a alíquota de importação do produto, manobra que pressionaria os preços do produt
Jornal do CommercioDois dias após a declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que se houvesse reajuste no preço do aço brasileiro ele poderia reduzir a zero a alíquota de importação do produto, manobra que pressionaria os preços do produto para baixo e favoreceria a atuação de companhias estrangeiras, o Instituto Aço Brasil (IAB), antigo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), divulgou nota na qual afirma que não houve, em momento algum, proposta de diálogo entre as partes (siderúrgicas e governo).
O presidente da instituição, Flávio Roberto Azevedo, também pedirá uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tentar diminuir a aparente "desinformação" sobre o setor. "Vamos pedir uma reunião com o governo para que não restem dúvidas, queremos ter uma interlocução mais direta."
Azevedo alegou que o que vem ocorrendo é uma redução dos descontos oferecidos aos distribuidores e citou estudos que apontam que o aço responde por menos de 10% no custo total de fabricação da indústria automobilística e de construção civil. Por isso, segundo ele, o aço não pode ser visto como se fosse fator de pressão inflacionária. Azevedo argumenta que o setor não recebeu benefício do governo em junho, quando a Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou a alíquota de importação de oito tipos de aço para 15%, depois de três anos de tarifa zerada. Segundo ele, essa já era a tarifa externa comum praticadas pelos países do Mercosul.
"O setor enxerga com estranheza e até com uma certa indignação essa ameaça de retorno à situação de exceção. A siderurgia passou por um momento difícil na virada do ano. Fizemos uma série de medidas extremamente complicadas, chegamos a ter seis altos-fornos desligados. O setor fez o possível e o impossível para atravessar um momento extremamente delicado", comentou o executivo.
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