IBP participou do último dia do Rio Innovation Week que discutiu as transformações no setor de energia
Redação TN Petróleo/Assessoria IBPAs perspectivas e evoluções esperadas para o setor de energia nos próximos anos foram debatidas neste domingo (16/1), no último dia do Rio Innovation Week. No painel "As transformações no setor de energia", a Diretora Executiva Corporativa do IBP, Fernanda Delgado, destacou a importância do setor de óleo e gás como grande gerador de empregos, renda e arrecadação, além do seu papel no processo de transformação da matriz energética.
"O setor é responsável por parcela significativa do PIB e entende que tem um papel central na descarbonização. É consciente das mudanças climáticas e há uma preparação nessa direção", afirmou Delgado.
A executiva enfatizou que a indústria de óleo e gás contribuirá ainda mais no processo de transição energética, principalmente por meio do desenvolvimento tecnológico. Fernanda Delgado citou iniciativas como a evolução de biorrefinarias, de biocombustíveis de segunda geração e inovações na captura, sequestro e armazenamento de carbono, além da sinergia com outras indústrias.
"A indústria de petróleo é grande geradora de tecnologia que transborda o próprio segmento. Ela auxilia o setor eólico e de biocombustíveis (biorrefinaria), por exemplo. É uma indústria preparada, capitalizada e que anda de braço dado com a indústria renovável para fazer essa transformação", afirmou Delgado.
Elbia Gannoum (foto), CEO da ABEEÓLICA - Associação Brasileira de Energia Eólica -, destacou o crescimento do segmento nos últimos anos, prevendo um aumento expressivo no futuro, baseado no desenvolvimento tecnológico.
"Nos últimos 10 anos, instalamos 10 GW [de capacidade de geração eólica]. Hoje, em 2022, já estamos com 21 GW e daqui a três anos vamos instalar mais 10 GW. Isso demonstra a velocidade de implementação do setor. A nossa contratação a partir de 2018 também cresceu, passou para 4 GW/ano", afirmou Gannoum, ressaltando que o setor eólico no país tem potencial de 50 GW em geração onshore e de mil GW em instalações offshore. "Temos ainda uma indústria nacional. Cerca de 80% de um aerogerador é feito no Brasil. Temos cadeia produtiva forte capaz de atender essa demanda", concluiu.
Já Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), apontou a evolução tecnológica do segmento como um fator impulsionador, tornando-o mais atrativo e acessível. "Com a evolução da tecnologia, a energia solar barateou mais de 85%, se tornou a fonte mais barata disponível na maior parte do mundo. Hoje, um sistema de energia solar pode ser acessado mais facilmente para instalação seja em casa, num negócio ou em propriedade rural. No Brasil temos 1 milhão de consumidores atendidos por geração própria de energia solar", revelou Sauaia.
O executivo ressaltou que a energia solar ganha força na onda de diversificação da matriz energética e atribui esse crescimento à tecnologia e à inovação. "Temos hoje cerca de 13 GW de capacidade instalada, quase uma Itaipu em energia. O segmento investe em média 3% do faturamento em inovação. Inovação está no nosso dna", enfatiza Sauaia.
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