OTC Houston criou oportunidades de negócios para 50 companhias brasileiras selecionadas pela Apex-Brasil para participar da maior feira mundial do segmento
Redação/AssessoriaUma esponja que absorve óleo em casos de derramamento e permite que ele seja reaproveitado, análise de dados para dar maior rapidez e segurança para os projetos, reprodução totalmente digital de plataformas que permitem monitorar em terra como estão as estruturas no mar, e tecnologia que prevê problemas técnicos com até 14 dias de antecedência. Essas foram algumas das soluções brasileiras inovadoras que chamaram a atenção de compradores e parceiros internacionais durante a OTC Houston, maior feira de óleo e gás do mundo, que aconteceu de 6 a 9 de maio, no Texas, Estados Unidos. As empresas foram selecionadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para fazerem parte do pavilhão nacional, um dos mais tradicionais da feira.
O Brasil é um dos grandes atores internacionais quando o assunto é Petróleo e este ano um número recorde de 50 empresas esteve na feira para mostrar o que o país têm de melhor na cadeia produtiva de petróleo. "Ano passado trouxemos 33 empresas para a feira e estamos percebendo que o mercado mundial de óleo e gás voltou a aquecer e o Brasil tem tido destaque. O movimento foi intenso no nosso pavilhão, tanto de potenciais compradores como de investidores", destaca a coordenadora de Promoção de Negócios da Apex-Brasil, Flávia Egypto. A exploração petrolífera offshore é a especialidade do Brasil, que tem hoje cerca de 3% da produção total mundial, ficando em nono lugar no ranking mundial de produtores de petróleo em 2018. Quando o assunto é reservas de petróleo comprovadas, o país está na 15ª posição no ranking mundial, com 12,8 bilhões de barris de petróleo.
A Radix, uma das empresas que apresentou tecnologia inovadora na feira, conta que atualmente 1/3 do faturamento da companhia vem de receitas internacionais, mas o objetivo é aumentar esse percentual para 50%. "Com a nossa tecnologia, a empresa é capaz de saber com até 14 dias de antecedência que um de seus equipamentos precisa de manutenção. Isso torna o negócio dela mais seguro e mais rentável", explica Tárik Siqueira, gerente de Óleo e Gás da Radix. "É importante estarmos inseridos numa feira como essa, pois além de trazer novos negócios, isso fortalece a imagem da companhia", completa.
A atração de investimentos estrangeiros para o país também foi foco de atuação da Apex-Brasil, que atendeu potenciais investidores e organizou seminários e apresentações voltadas para empresas que pretendem se instalar no país ou que procuram parceiros para acessar o mercado brasileiro. No primeiro dia da conferência, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, explicaram a jornalistas e empresários como devem funcionar os leilões para extração de petróleo previstos para ocorrer no Brasil em outubro. A expectativa do governo brasileiro é de arrecadar cerca de R$ 100 bilhões nesses leilões para exploração de volumes de petróleo e gás excedentes do contrato de Cessão Onerosa, assinado com a Petrobras em 2010.
A presença do Brasil na OTC Houston foi organizada pela Apex-Brasil em parceria com diversas instituições como o Ministério de Relações Exteriores, de Minas e Energia, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), a ANP, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), a Petrobras e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).
Internacionalização
Uma missão de internacionalização, organizada em parceria com o Setor de Promoção Comercial do Consulado de Houston, e voltada para empresas que estão prontas para ampliar seu comércio internacional e abrir operações nos Estados Unidos, ocorreu antes do evento, de 2 a 4 de maio, com a adesão de 45 executivos de 20 empresas. O objetivo foi mostrar aos empresários interessados um pouco mais a fundo como funciona o mercado norte-americano, proporcionando, inclusive, uma imersão de negócios no maior produtor mundial de petróleo atualmente.
"Foi muito importante para nós participar da missão, pois tivemos acesso a profissionais que irão nos ajudar na parte de Recursos Humanos, entender a legislação norte-americana e a parte de contabilidade também. Além disso, pudemos ouvir de empresas que já estão aqui quais foram seus erros e acertos e nos preparar melhor para essa empreitada", explica Ricardo Argolo, diretor executivo da Smar, empresa brasileira de soluções tecnológicas para automação e controle de processos industriais.
Fale Conosco
21