A reboque da expansão do setor petroleiro, cresce internacionalmente a preocupação com as questões de segurança no setor. No terceiro dia da Rio Oil & Gas, o painel "Novas Fronteiras do Conhecimento na Prevenção, Intervenção e Respostas a Vazamento de Óleo", reuniu especialistas no assunto e contou com a moderação do Presidente do Ibama, Volnei Zannardi.
"É significativo o Ibama ser convidado para mediar esse painel - reflete uma situação única, que vem sendo construída há 12 anos, desde a abertura da exploração de petróleo e gás no país. O nosso ambiente regulatório é muito jovem e apresenta evolução incrivelmente rápida. Isso só foi possível graças aos diálogos e ao bom relacionamento entre governo e indústria", comentou Zannardi.
Gerente-Geral de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da área de E&P da Petrobras, Humberto Spinola apresentou o Programa Somar (Offshore Safety Reinforcement Program), desenvolvido pela empresa em acordo com o Plano Nacional de Contingência, em fase de aprovação pelo governo federal. "Antes mesmo de ser aprovado, o plano já é uma realidade, dada a articulação que se deu entre as empresas, a ANP e o governo", disse.
Em nível mundial, a questão da segurança motivou a união das principais companhias exploradoras de petróleo. Depois do acidente de Macondo, a OGP (Oil and Gas Producers Association), associação internacional de produtores de petróleo, com 70 membros, criou um grupo para estudar ocorrências e formas de prevenção de acidentes. O trabalho desse grupo resultou na formulação de um acordo internacional de auxílio mútuo, "essencial para a prevenção e solução de grandes acidentes", segundo Spinola.
Sobre intervenção e resposta em casos de acidentes falaram os especialistas Keith Lewis, do Subsea Well Response Project (SWRP), projeto que reúne nove grandes empresas, e George Franklin, representante do IPIECA, grupo de resposta a derramamento de petróleo da OGP. "Estamos trabalhando juntos, de ponta a ponta, nos processos de segurança", declarou Franklin.