O número de empregos diretos na indústria naval brasileira quase dobrou em 2010. De acordo com o secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sérgio Leal, em 2009 o seto
RedaçãoO número de empregos diretos na indústria naval brasileira quase dobrou em 2010. De acordo com o secretário executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sérgio Leal, em 2009 o setor empregava pouco mais de 40 mil trabalhadores, mas o levantamento atual dá conta de que são mais de 78 mil postos de trabalho. O executivo acrescentou ainda que para cada emprego direto há pelo menos outros quatro indiretos.
Atualmente, o Brasil tem o maior programa de investimentos offshore do mundo. E é exatamente o crescimento do setor de petróleo que está impulsionado a geração de empregos na construção naval. Segundo dados do Sinaval, a carteira de pedidos nos estaleiros nacionais até 2014 vai passar de 300 embarcações, e está fortemente concentrada no atendimento da Petrobras e de outras empresas do segmento offshore. A Transpetro, por exemplo, por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), encomendou 49 navios, com entrega prevista até 2015.
“O transporte rodoviário chega a ser quatro vezes mais caro que o marítimo. Não é à toa que 80% do comércio mundial é feito por navio. Nosso programa de investimento vai gerar 40 mil empregos diretos”, disse Agenor Junqueira, Diretor de Transporte Marítimo da Transpetro.
Há ainda o programa de renovação da frota hidroviária da Petrobras, destinado ao projeto de escoamento de etanol pela Hidrovia Tietê-Paraná. Conhecido como Promef Hidrovias, a iniciativa prevê a construção de 80 barcaças e 20 empurradores. A previsão é de que esses barcos estejam em operação entre 2011 e 2014. “Com este programa vamos transportar 4 bilhões de litros de etanol por ano”, revelou Junqueira.
O engenheiro da Petrobras Marcio Ferreira Alencar lembrou que ainda existe a demanda da série de 8 FPSO para o pré-sal da bacia de Campos. “Esta encomenda tem por base a visão de presente, mas isso deve crescer muito”, avaliou. A série de FPSO vai exigir a aquisição de barcos de apoio, o que aumentará ainda mais a demanda dos estaleiros.
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