Europa

Indústria global deve ter baixa expansão em 2014

Avaliação é da Euler Hermes.

Valor Econômico
21/03/2014 12:26
Visualizações: 144 (0) (0) (0) (0)

 

A tendência de expansão continua modesta para a maioria dos grandes setores da industria mundial, com riscos mais elevados concentrados nos casos de têxteis, construção e transporte aéreo.
A avaliação é da Euler Hermes, líder mundial do seguro de crédito, que diz acompanhar 17 setores em 72 países, representando 95% do PIB mundial. A empresa baseia sua projeção de risco levando em conta fatores como demanda, financiamento, rentabilidade e ambiente dos negócios.
A Euler Hermes conclui que a retomada da economia ainda é insuficiente para beneficiar a maioria dos setores globalmente. Em 9 casos entre 10, avalia que os riscos setoriais continuam no mesmo nível de 2013. Para 49%, trata-se de riscos moderados e 25% de risco significativo. Apenas um quarto dos setores apresentam fundamentos ou perspectivas suficientemente sólidas em 2014.
Globalmente, só três setores - química, farma e indústria agroalimentar - conservam perspectivas mais favoráveis para este ano.
No setor químico, a expectativa é de aumento de 4% na produção mundial em termos reais em 2014, após alta de 2,5% em 2013 e faturamento global de US$ 3,7 trilhões. Nos EUA, o setor se recupera ajudado pela baixa no preço do gás natural. Já a Europa continua na defensiva, com custo do gás bem mais elevado. A Ásia segue abocanhando fatias de mercado, graças à força da demanda regional.
O aumento de demanda da crescente classe média, sobretudo, continua a garantir a expansão do mercado farmacêutico mundial, estimado em US$ 950 bilhões em 2013. Mas nem todos os laboratórios se beneficiam da mesma maneira, conforme a Euler Hermes.
Na indústria agroalimentar, as perspectivas oscilam entre recuo dos custos de algumas matérias-primas, dinamismo regional e busca de novos modelos para expandir os negócios. Já o setor têxtil globalmente é considerado um dos mais frágeis. Símbolo de desindustrialização em alguns países desenvolvidos, a produção em volume foi quase reduzida pela metade na Europa desde 2000.
O setor de construção, que registrou faturamento de US$ 9,3 trilhões em todo o mundo, só cresceu 3% em 2013. É onde se registram globalmente mais falências de empresas, até 20% do total, quando só representa 7% do PIB em média.
A Euler Hermes destaca também pressões sobre preços e necessidade de mais investimentos do setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Sua expansão foi de 3%, com faturamento de US$ 4,4 trilhões.
A indústria de papel, que faturou US$ 910 bilhões no ano passado, passa por ajuste de capacidade. Isso permitirá que os preços se mantenham no nível atual. Um desafio para o segmento é a utilização crescente de aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets, nota o estudo.
O setor automotivo deve crescer 5% neste ano, em número de unidades, impulsionado pelos EUA e pela China. Na Europa, as vendas são retomadas lentamente. Já em alguns emergentes, o crescimento sofreu um freio em 2013 e as perspectivas agora "são medíocres".
Conforme o estudo, a Ásia-Pacífico continua a apresentar o menor risco setorial, apesar da fragilidade de empresas locais de têxteis, metalurgia e construção. Já a Europa ocidental conserva o risco mais elevado. Numerosas empresas continuam enfrentando dificuldades tanto com concorrência como em obter financiamento.
A recuperação nos EUA é liderada por consumo e investimentos. A estimativa é de investimentos de US$ 550 bilhões no setor manufatureiro no período 2014-2015, no rastro da "revolução energética e da reindustrialização".
Na América Latina, a Euler Hermes vê novos sinais de vulnerabilidade em alguns países afetados pelo retorno de riscos cambiais e de financiamento. No Brasil, o setor visto como de maior risco é o da construção. O país tem no geral custo de mão de obra bem maior do que China, Índia e México, por exemplo. Os riscos na região permanecem em nível médio na maioria dos setores.

A tendência de expansão continua modesta para a maioria dos grandes setores da industria mundial, com riscos mais elevados concentrados nos casos de têxteis, construção e transporte aéreo.

A avaliação é da Euler Hermes, líder mundial do seguro de crédito, que diz acompanhar 17 setores em 72 países, representando 95% do PIB mundial. A empresa baseia sua projeção de risco levando em conta fatores como demanda, financiamento, rentabilidade e ambiente dos negócios.

A Euler Hermes conclui que a retomada da economia ainda é insuficiente para beneficiar a maioria dos setores globalmente. Em 9 casos entre 10, avalia que os riscos setoriais continuam no mesmo nível de 2013. Para 49%, trata-se de riscos moderados e 25% de risco significativo. Apenas um quarto dos setores apresentam fundamentos ou perspectivas suficientemente sólidas em 2014.

Globalmente, só três setores - química, farma e indústria agroalimentar - conservam perspectivas mais favoráveis para este ano.

No setor químico, a expectativa é de aumento de 4% na produção mundial em termos reais em 2014, após alta de 2,5% em 2013 e faturamento global de US$ 3,7 trilhões. Nos EUA, o setor se recupera ajudado pela baixa no preço do gás natural. Já a Europa continua na defensiva, com custo do gás bem mais elevado. A Ásia segue abocanhando fatias de mercado, graças à força da demanda regional.

O aumento de demanda da crescente classe média, sobretudo, continua a garantir a expansão do mercado farmacêutico mundial, estimado em US$ 950 bilhões em 2013. Mas nem todos os laboratórios se beneficiam da mesma maneira, conforme a Euler Hermes.

Na indústria agroalimentar, as perspectivas oscilam entre recuo dos custos de algumas matérias-primas, dinamismo regional e busca de novos modelos para expandir os negócios. Já o setor têxtil globalmente é considerado um dos mais frágeis. Símbolo de desindustrialização em alguns países desenvolvidos, a produção em volume foi quase reduzida pela metade na Europa desde 2000.

O setor de construção, que registrou faturamento de US$ 9,3 trilhões em todo o mundo, só cresceu 3% em 2013. É onde se registram globalmente mais falências de empresas, até 20% do total, quando só representa 7% do PIB em média.

A Euler Hermes destaca também pressões sobre preços e necessidade de mais investimentos do setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Sua expansão foi de 3%, com faturamento de US$ 4,4 trilhões.

A indústria de papel, que faturou US$ 910 bilhões no ano passado, passa por ajuste de capacidade. Isso permitirá que os preços se mantenham no nível atual. Um desafio para o segmento é a utilização crescente de aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets, nota o estudo.

O setor automotivo deve crescer 5% neste ano, em número de unidades, impulsionado pelos EUA e pela China. Na Europa, as vendas são retomadas lentamente. Já em alguns emergentes, o crescimento sofreu um freio em 2013 e as perspectivas agora "são medíocres".

Conforme o estudo, a Ásia-Pacífico continua a apresentar o menor risco setorial, apesar da fragilidade de empresas locais de têxteis, metalurgia e construção. Já a Europa ocidental conserva o risco mais elevado. Numerosas empresas continuam enfrentando dificuldades tanto com concorrência como em obter financiamento.

A recuperação nos EUA é liderada por consumo e investimentos. A estimativa é de investimentos de US$ 550 bilhões no setor manufatureiro no período 2014-2015, no rastro da "revolução energética e da reindustrialização".

Na América Latina, a Euler Hermes vê novos sinais de vulnerabilidade em alguns países afetados pelo retorno de riscos cambiais e de financiamento. No Brasil, o setor visto como de maior risco é o da construção. O país tem no geral custo de mão de obra bem maior do que China, Índia e México, por exemplo. Os riscos na região permanecem em nível médio na maioria dos setores.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Austral Engenharia
Austral Engenharia aposta em eficiência energética e sus...
27/06/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP prorroga data para adequaçõe...
27/06/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
27/06/25
Offshore
Petrobras assina convênio para desenvolver operações off...
27/06/25
RenovaBio
ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combu...
26/06/25
Logística
Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coo...
26/06/25
Transição Energética
ENGIE Day celebra 10ª edição com debates sobre regulação...
26/06/25
PPSA
Leilão da PPSA comercializa 74,5 milhões de barris de pe...
26/06/25
Combustíveis
Governo aprova aumento de etanol na gasolina de 27% para...
26/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
26/06/25
Margem Equatorial
Em Belém, presidente do IBP defende pesquisas na Margem ...
26/06/25
ANP
Publicado edital do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2025
26/06/25
Leilão
PPSA espera uma arrecadação potencial de R$25 bilhões n...
25/06/25
Combustíveis
ICL alerta para riscos à qualidade dos combustíveis com ...
25/06/25
Oportunidade
CNPEM e USP fazem acordo para oferecer bolsas a pesquisa...
25/06/25
Transpetro
Transpetro reforça investimentos em frota, eficiência e ...
25/06/25
Bahia Oil & Gas Energy 2025
Zinga Metall Brasil participa do Bahia Oil & Gas Energy ...
25/06/25
PetroRecôncavo
PetroRecôncavo celebra 25 anos com investimentos robusto...
25/06/25
Biocombustíveis
Posicionamento IBP - Elevação do percentual de mistura d...
25/06/25
Etanol de milho
Abertura da China amplia parceria estratégica para copro...
25/06/25
Royalties
Valores referentes à produção de abril para contratos de...
25/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.