Robson Braga de Andrade abriu na última quarta-feira (16) o Brazilian Industry Day. Evento, realizado durante a COP27, no Egito, apresentou experiências das empresas brasileiras
Redação TN Petróleo, Agência CNI de Notícias“Além dos investimentos em processos de produção mais sustentáveis, a indústria brasileira tem sido uma importante provedora de soluções para a descarbonização da economia.” A declaração do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi feita na última quarta-feira (16) na abertura do Brazilian Industry Day.
A atividade ocorre durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) e busca aprofundar o debate acerca dos quatro pilares de sustentabilidade da indústria e apresentar experiências bem-sucedidas das empresas brasileiras.
Ele destacou que entre as inovações nessa área estão o desenvolvimento de novas fontes de energia renovável, como o etanol de segunda geração, a produção de bioinsumos para a agropecuária capazes de reduzir as emissões de metano, fármacos e cosméticos que valorizam os ativos naturais e contribuem para a conservação da biodiversidade e das florestas.
“Para incentivar a expansão dos investimentos em modelos sustentáveis e promover o pleno desenvolvimento da bioeconomia no país, é preciso aumentar a competitividade da nossa indústria. Devemos, entre outras medidas, adotar uma política industrial moderna, que estimule a inovação e a produção de tecnologias socioambientais. É necessário que o plano também promova as fontes renováveis e a eficiência no uso da energia. Isso pode trazer vantagens competitivas para as empresas e garantir um lugar de maior destaque para o Brasil no cenário internacional”, disse o dirigente.
Andrade destacou que no atual cenário global, em que há risco de desaceleração da economia, o combate às mudanças climáticas deve ser combinado com iniciativas que garantam a segurança alimentar e o abastecimento de energia para a população de todo o mundo, em especial nos países pobres.
Para isso, defendeu a união de esforços para buscar soluções adequadas e para construir um futuro sustentável, com oportunidades para todos.
“As ações em favor do combate às mudanças do clima devem ser combinadas com medidas que incentivem o crescimento duradouro da economia”, disse, ressaltando que indústria brasileira é indispensável para ampliar os investimentos em tecnologias limpas e criar empregos de qualidade para a população.
A participação da CNI na COP27 faz parte das iniciativas do setor industrial para ampliar o debate sobre a transição para uma economia de baixo carbono, ou seja, incorporando tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes e que causam o menor impacto possível no meio ambiente, reduzindo ou eliminando a emissão de gases de efeito estufa.
E para que o Brasil alcance as metas climáticas, a entidade tem estimulado ações empresariais e atuado junto ao governo brasileiro, defendendo a implementação de um plano consistente de descarbonização da economia.
As recomendações preparadas pela Confederação para o governo brasileiro nesta Conferência priorizam três temas: estabelecimento e operacionalização do mercado global de carbono, mobilização de recursos para assegurar o financiamento climático e avanço da agenda de adaptação à mudança do clima.
“A presença de líderes empresariais, de representantes do governo e de outros segmentos da sociedade nesta COP27 confirma que o Brasil está preparando caminho para enfrentar, de forma efetiva, o desafio das mudanças climáticas e os efeitos negativos do aquecimento global”, disse o presidente.
Participaram da abertura do Brazilian Industry Day o secretário nacional da Amazônia, Marcelo Freire, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Joel Ilan Paciornik, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamin Zymler.
O evento prosseguiu ao longo do dia com cinco painéis com os temas ações para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no Brasil; as iniciativas da indústria para uma economia de baixo carbono; bioeconomia e florestas; neutralidade climática; e transição energética.
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