Balanço

Indústria do ES foi a 2ª que mais cresceu no país em 2023

Indústria extrativa (20,5%) teve o terceiro melhor desempenho da história da pesquisa do IBGE que iniciou em 2002

Redação TN Petróleo/Assessoria
09/02/2024 14:43
Indústria do ES foi a 2ª que mais cresceu no país em 2023 Imagem: Renan Donato/Findes Visualizações: 1074 (0) (0) (0) (0)

A indústria capixaba foi a segunda que mais cresceu em 2023, influenciada, principalmente, pela produção de minério e de petróleo e gás natural. De acordo com os dados da Produção Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, divulgados nesta quinta-feira (08/02), no Espírito Santo o setor teve alta 11,1% - ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (13,4%) e superando a média do Brasil (0,2%). 

A presidente da Findes, Cris Samorini (foto), lembra que a indústria capixaba gerou mais de 11 mil empregos formais ao longo de 2023. Destaca ainda que a economia do Espírito Santo vem crescendo de forma sustentada. 

“O Estado está se consolidando como uma referência para o Brasil e os números mostram isso. Nos tornamos atrativos para empresas de outros estados e até mesmo de outros países por nosso empenho em melhorar o ambiente de negócios. Além disso, temos muitas empresas expandindo as suas plantas industriais em solo capixaba por acreditarem no potencial do Estado”, afirma.  

Segundo a Bússola do Investimento do Observatório da Indústria da Findes (atualizada em 22/01/2024), estão mapeados, até 2028, um total de 366 projetos, que somam R$ 57,4 bilhões em investimentos para o Espírito Santo. “A indústria representa 87% de todo o valor a ser investido no Estado (R$ 50,1 bilhões)”, destaca a presidente.  

Indústria extrativa tem 3º melhor desempenho da história 

No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, a indústria extrativa do Espírito Santo cresceu 20,5%. Ambos as atividades que compõem o setor (produções de minério e ferro e de petróleo e gás) foram bem ao longo de 2023, fazendo com que tivesse o terceiro melhor desempenho em toda a série histórica da PIM-PF, que começou em 2002, ficando atrás apenas dos anos de 2010 (59,9%) e 2011 (29,6%). 

Segundo o último relatório trimestral da Vale, a produção de minério de ferro pelotizado da empresa cresceu 31,7% entre janeiro e dezembro de 2023, se comparada ao mesmo período de 2022. A anglo-australiana BHP, dona de 50% da Samarco, também anunciou seus resultados referentes a sua participação na mineradora com atuação no Estado. Na parte que compete à BHP (50%), a produção da Samarco cresceu em 13,3% em 2023.  

Já no segmento de petróleo e gás, os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostraram que, em 2023, o Espírito Santo produziu 169,7 mil barris por dia. O número é 23% superior ao que foi registrado no ano anterior. Já com relação ao gás natural, o Estado alcançou a marca de 4,2 milhões de m³ por dia, 22,5% a mais do que o registrado em 2022. 

“Estamos acompanhando desde o ano passado os bons resultados da indústria de petróleo e gás capixaba. Tivemos a retomada do FPSO Cidade de Anchieta, que aumentou a produção em mar. Além disso, o Plano de Desinvestimento da Petrobras e os estímulos regulatórios da ANP contribuíram para a diversificação de empresas atuantes no Espírito Santo, o que também resultou na recuperação da produção”, explica Cris Samorini. 

Segundo a presidente da Findes, ainda tem mais oportunidades do setor por vir. “Na última quinta-feira (08/02), realizamos na Findes um encontro com a PRIO, uma operadora independente do setor, recém-chegada ao Estado. Mesmo antes da primeira extração de óleo, prevista para o terceiro trimestre deste ano, o projeto já movimenta cerca de R$ 860 milhões em negócios na cadeia de suprimentos de fornecedores locais”, comenta.   

Por outro lado, a indústria de transformação teve desempenho negativo em 2023 (-3,6%). Entretanto, duas das quatro atividades que a compõem tiveram bom resultado no ano. São elas: papel e celulose (9,4%) e produtos alimentícios (0,6%). Já fabricação de produtos não metálicos (-12,7%) e metalurgia (-4,2%) caíram. 

Segundo a gerente executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, mesmo em queda, a indústria de transformação minimizou parte das perdas registradas no acumulado do ano até novembro (-4,9%).  

“A atividade de papel e celulose apresentou uma recuperação a partir do terceiro trimestre de 2023, motivada, entre outros fatores, pela melhora das demandas dos mercados europeu e chinês, e da ausência de parada programada nas plantas da Suzano no Estado. Já no caso da fabricação de produtos alimentícios, houve uma maior produção de carnes de bovinos congeladas e de açúcar cristal, que impulsionaram o setor em 2023”, disse Marília. 

Resultado de dezembro 

A indústria capixaba também teve um bom desempenho em dezembro do ano passado, na comparação com dezembro de 2022, crescendo 31,4%. O resultado foi o melhor entre os estados brasileiros e ficou acima da média nacional (1%). 

Segundo a economista-chefe da Findes, Marília Silva, o desempenho pode ser explicado pela alta das indústrias extrativa (38,7%) e de transformação (17%). A segunda foi impulsionada por todas as quatro atividades pesquisadas pelo IBGE.  

“O setor de papel e celulose teve um expressivo aumento de 57,5%, explicado pela ausência de parada programada nas plantas da Suzano no Estado, como ocorreu no quarto trimestre de 2022. Já metalurgia foi a segunda atividade com maior variação (15,8%), seguida pelos crescimentos de 5,8 % na fabricação de produtos de minerais não metálicos e de 4,7% na fabricação de produtos alimentícios”, comenta. 

 

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