AFP/AmbienteBrasil
Indígenas da selva amazônica do Equador pediram, em Quito, ao presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, que a estatal Petrobras suspenda as atividades em seu território por estar, segundo eles, afetando o equilíbrio ambiental. Os indígenas querem que a companhia brasileira deixe o Parque Nacional Yasuní e o território huaorani, no leste do Equador, disse à AFP Enqueri Ehuenguime, líder da comunidade huaorani.
Cerca de 120 membros dessa comunidade chegaram à capital equatoriana para realizar, nesta terça-feira (12/07), um protesto contra a Petrobras. Há duas semanas, os huaorani anunciaram o rompimento de um acordo com a Petrobras que permitia que a empresa brasileira operasse na região de Orellana (na selva Amazônica na fronteira com o Peru), na qual a espanhola Repsol-YPF também explora óleo cru.
Esse plano contemplava o financiamento de vários projetos de desenvolvimento e assistência social para os huaorani, no valor de US$ 200.000 anuais. Para os huaorani, os acordos entre o Estado equatoriano e a Petrobras foram feitos sem que as populações afetadas fossem consultadas e temem que a construção de uma estrada destrua seu território.
Os novos chefes dessa etnia resistem à construção da rodovia no parque nacional Yasuní, que ocupa boa parte de Orellana, e questionam o não cumprimento dos compromissos pela Petrobras.
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