A Novo Gramacho Energia Ambiental inaugurou nesta sexta-feira (5), a usina de biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, que produzirá por meio da decomposição de matéria orgânica do lixo cerca de 160 milhões de metros cúbicos de biogás por ano. A energia gerada
Redação/AssessoriaA Novo Gramacho Energia Ambiental inaugurou nesta sexta-feira (5), a usina de biogás do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, que produzirá por meio da decomposição de matéria orgânica do lixo cerca de 160 milhões de metros cúbicos de biogás por ano. A energia gerada com a produção de biogás será equivalente à de gás natural consumida pelas residências na cidade do Rio, evitando a liberação de 75 milhões de metros cúbicos de metano por ano na atmosfera.
O projeto, o maior do Brasil em redução das emissões de gases de efeito estufa, demandará investimentos de R$ 91 milhões até a sua fase final – dos quais R$ 41 milhões já foram aplicados. O restante será investido na purificação do gás e no seu transporte, além de obras de compensação ambiental.
O projeto da Novo Gramacho é também o maior do mundo em crédito de carbono em aterro sanitário com aprovação da ONU, com estimativa de obter 10 milhões de créditos de carbono em 15 anos de atividade.
Dos ganhos com crédito de carbono obtidos pela Novo Gramacho, que tem a concessão da Comlurb para exploração do aterro pelo período de 15 anos, 36% serão destinados, em partes iguais, a essa companhia de limpeza urbana e à Prefeitura de Caxias. O projeto implantado pela Novo Gramacho atende todos os requisitos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Quioto.
Este dispositivo permite aos países desenvolvidos compensarem suas emissões de gases causadores do aquecimento global através de energia limpa instalada em países em desenvolvimento. O contrato firmado assegura a manutenção do aterro até 15 anos após seu encerramento, com especial atenção ao monitoramento ambiental e geotécnico.
O presidente do Conselho Administrativo da Novo Gramacho Manoel Antonio Avelino da Silva ressaltou que, ao inaugurar uma usina com capacidade para reduzir em cerca de 75 milhões de metros cúbicos por ano o metano que seria liberado para a atmosfera, “mais que implantar um grande projeto, existe também um grande compromisso com a sociedade e com o meio ambiente“.
Outro importante aspecto socioeconômico foi enfatizado por Paulo Tupinambá, presidente do Grupo Synthesis, uma das empresas que formam o consórcio Novo Gramacho: “A atividade da Usina, além de atender à demanda de biogás para o consumo industrial, também irá gerar a venda de créditos de carbono aos países ricos, comprometidos com a redução de emissões de gases de efeito estufa”.
Além da Usina de Biogás, o empreendimento contempla uma estação de tratamento de chorume, que livrará a Baía de Guanabara do despejo de grande poluente. A instalação terá capacidade para tratar 2.000 metros cúbicos de chorume por dia. Estão previstos ainda a cobertura dos resíduos depositados na área e o posterior reflorestamento, eliminando o mau cheiro e a proliferação de insetos, causadores de doenças nas comunidades próximas.
A iniciativa abrange também amplo aspecto socioambiental, por meio da criação de fundos para a recuperação urbanística do bairro de Jardim Gramacho e para a capacitação dos catadores que trabalham no local, visando a sua adequação a novas técnicas de reciclagem de resíduos após o encerramento do aterro.
Participaram do evento o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Angela Fonti, e o presidente do Conselho de Administração da Novo Gramacho Energia Ambiental, Manoel Antonio Avelino da Silva. A Novo Gramacho é formada por três grupos nacionais: Biogás S.A., Construtora J. Malucelli S.A. e Synthesis Empreendimentos S.A.
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