A movimentação de cargas no Terminal de Contêineres (Tecon) do Complexo Industrial Portuário de Suape este ano já está acima das expectativas traçadas pela gestão. De acordo com o vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, a meta do ano é que o crescimento seja de 11% em relação a 2010, mas, somente nos dois primeiros meses de 2011, está “na faixa de 20% a 30%”. Isso vai acelerar o prazo de implantação do novo terminal de contêineres de 2014 para 2013. A área prevista é de 38 hectares, mas o projeto ainda não está fechado, assim como o valor final, que vai estar no patamar dos “três dígitos, facilmente”, segundo Amâncio.
De acordo com Frederico Amâncio, hoje, cerca de 20 empresas estão em processo avançado de negociação avançada. “Estamos sendo mais seletivos, focados efetivamente naquilo que é mais adequado ao projeto de desenvolvimento do Complexo: petróleo, gás e offshore, energia eólica, automobilística, siderúrgica”, diz. “Como nós ainda temos algumas áreas disponíveis no Polo Cerâmico, ainda temos espaço disponível para algumas indústrias de cimento e outras voltadas para a construção civil, mas não é mais nossa área com foco principal”, explicou.
Hoje, está sendo feito um levantamento da área ainda disponível de Suape. “Tínhamos uma área grande, que ia ser mais fortemente trabalhada agora, mas em novembro foi empregada no projeto da Companhia Siderúrgica de Suape, que demandou 360 hectares. Para se ter uma ideia, a maioria das indústrias ocupa de 10 a 20 hectares. Em dezembro, veio a Fiat, ocupando 440 hectares do Complexo”, explica o vice-presidente. Por causa dessa “lotação”, está em estudo a criação de distritos satélites, “que seriam partes da empresa Suape, não necessariamente dentro do território estratégico”, de acordo com Amâncio. Hoje, o crescimento do Porto tem um raio de cerca de 40 quilômetros (o território estratégico), que engloba os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Ribeirão, Sirinhaém e Escada.