Siderurgia

IBS recorre ao governo federal contra importação de aço pela Transpetro

O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) recorreu ao governo federal contra a decisão da Transpetro, subsidiária da Petrobras, de importar aço da China para o seu Programa de Modernização da Frota (Promef). Ontem (4), diretores da entidade solicitaram reunião com a ministra-chefe da Casa Civ

Redação/ Agência
05/02/2009 11:35
Visualizações: 321 (0) (0) (0) (0)

O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) recorreu ao governo federal contra a decisão da Transpetro, subsidiária da Petrobras, de importar aço da China para o seu Programa de Modernização da Frota (Promef). Ontem (4), diretores da entidade solicitaram reunião com a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, da qual participariam ainda a Transpetro e representantes do setor, para discutir a questão.

 

O vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, disse à Agência Brasil que a importação de aço vai contra a prioridade dada pelo governo, no atual momento de crise mundial, que é de “tentar preservar aquilo que tem de mais precioso e diferencial em relação ao resto do mundo, que é o mercado interno”. O instituto, conforme afiançou, quer proteger o setor de importações predatórias.

 

Na opinião do IBS, a Transpetro estaria forçando “que uma empresa nacional atinja patamares, como ela está exigindo, de fornecimento em torno de US$ 600,00 (a tonelada de aço), que é um valor que não cobre nem custo variável. Ela [Transpetro] está fazendo um leilão, com impostos e recursos públicos, para, no fundo, manter emprego na China, em detrimento de empregos aqui”, disse.

 

O vice-presidente executivo do IBS revelou que 70% da siderurgia na China são estatais. “Quer dizer, você não tem compromisso com resultado, com remunerar acionistas. Você não tem compromisso com nada”, afirmou.

 

Lopes disse ainda que o fato de serem subsidiadas permite às empresas colocar preços de forma “aviltada” no mercado internacional. As exportações de aço da China para a América Latina aumentaram mais de 50% no acumulado janeiro a outubro do ano passado. A disposição de uma empresa pública como a Transpetro “de privilegiar essas exportações subsidiadas é inaceitável, sob a ótica brasileira”.

 

O vice-presidente executivo do IBS afirmou que problema similar teria ocorrido no ano passado, quando a Transpetro importou da Ucrânia. “Se arrependeram e voltaram depois a recorrer ao fornecimento nacional, porque isso tudo aí não é uma venda isolada. Você tem engenharia, tem serviço pós-venda, tem vinculações de cálculos estruturais. Você tem uma série de requisitos e exigências técnicas que, normalmente, não tem quando é feita uma cotação a nível de uma Ucrânia e uma China”, afirmou.

 


Articulações do preço podem levar a importar o produto

 

De acordo com a nota divulgada ontem (4) pela empresa, a Transpetro reafirma sua posição de buscar menores custos para o aço “estejam onde estiverem”. O aço representa cerca de um terço no custo final de um navio. O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), do qual a Usiminas faz parte, alegou que a decisão da Transpetro de importar aço da China prejudica a indústria nacional e a geração de empregos no Brasil.

 

A Transpetro negou que tenha ocorrido, nas primeiras licitações do Programa de Modernização da Frota (Promef), favorecimento a qualquer país na aquisição de aço para viabilizar a construção de navios da estatal. O objetivo, segundo a empresa, foi garantir menores custos. O Promef envolve a construção de 49 navios.

 

“Como os preços ofertados em janeiro alcançaram um patamar competitivo, a Transpetro optou por aumentar a encomenda de 18 mil para 42 mil toneladas, de acordo com solicitação do estaleiro Atlântico Sul, destino final do aço”, diz a nota.

 

A Transpetro acredita que a cada negociação por um preço justo para o aço necessário à construção de seus navios, ela contribui para ampliar as oportunidades da indústria naval, “gerando mais empregos e mais riqueza para o Brasil”.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
OTC HOUSTON 2025
Tecnologia da brasileira Vidya está sendo usada em opera...
08/05/25
Taxa Selic
Aumento da Selic em 14,75% aponta riscos à indústria e à...
08/05/25
OTC HOUSTON 2025
OTC 2025, em Houston, conta com presenças da Tenenge e E...
07/05/25
Evento
Vendas de ingresso do Seminário de Gás Natural do IBP es...
07/05/25
OTC HOUSTON 2025
Comitiva sergipana em feira nos EUA se reúne com diretor...
07/05/25
Sergipe Oil & Gas 2025
SOG25 vai dar destaque ao potencial de Sergipe na produç...
07/05/25
OTC HOUSTON 2025
Petrobras, IBP, Sinaval e ApexBrasil fomentam novos negó...
07/05/25
Resultado
Vibra tem crescimento inédito no 1T25
07/05/25
Offshore
Descomissionamento de plataformas fixas em águas rasas a...
07/05/25
OTC HOUSTON 2025
Vesper, líder em Ventiladores e Exaustores industriais E...
07/05/25
OTC HOUSTON 2025
EPE destaca oportunidades de investimento no setor energ...
07/05/25
OTC HOUSTON 2025
PPSA anuncia revisão no volume a ser ofertado no 5º Leil...
06/05/25
OTC HOUSTON 2025
Brasil leva maior delegação estrangeira para feira de pe...
06/05/25
OTC HOUSTON 2025
Para divulgar o potencial energético do Rio de Janeiro, ...
06/05/25
Logística
Vast conclui milésima operação de transbordo de petróleo
06/05/25
OTC HOUSTON 2025
Fábio Mitidieri participa da abertura do Pavilhão Brasil...
06/05/25
Energia Eólica
Brasil e Países Baixos promovem seminário sobre energia ...
06/05/25
Etanol
ORPLANA reafirma compromisso com a governança e transpar...
06/05/25
Meio Ambiente
Aterro Zero: Refinaria de Mataripe conquista certificação
06/05/25
ANP
Produção de petróleo e gás natural no pré-sal registra r...
06/05/25
OTC HOUSTON 2025
IBP marca presença na programação da OTC Houston 2025
05/05/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22