Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
A Comissão de Compliance do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás anunciou duas iniciativas inéditas para apoiar empresas do setor a implementar políticas de prevenção a fraudes e irregularidades em suas operações. Ontem (29), foi lançada, durante a Rio Oil & Gas 2022, a 2ª. edição do Guia de Boas Práticas de Integridade Corporativa, com a inclusão de novos tópicos como direitos humanos, diversidade, inclusão e equidade, e proteção de dados.
O segundo produto anunciado foi a pesquisa para implementação de um sistema de compliance, direcionada a empresas de todos os portes. O documento estará disponível para preenchimento até o dia 30 de novembro no site do IBP.
“Queremos escutar pequenas e médias empresas a fim de entender suas necessidades. Esse diagnóstico nos ajudará a criar materiais de apoio à implementação de regras de compliance destas companhias, que hoje integram a cadeia de óleo e gás”, explicou Mary Kuwada, Compliance officer da Siemens Energy Brasil e integrante da Comissão de Compliance do IBP.
As duas novidades foram lançadas durante o painel “Compliance na cadeia de valor da indústria de óleo e gás”, realizado na Arena ESG. Na ocasião, os palestrantes fizeram uma análise da evolução da área no Brasil, que vem crescendo rapidamente, e ressaltaram o desafio dos grandes players de cumprir não apenas a legislação brasileira, mas também as políticas das suas casas-matrizes e a dos países onde mantém operações, com o envolvimento de fornecedores e parceiros.
Para Andrea Portugal, advogada sênior de Compliance da TechnipFMC, algumas práticas adotadas hoje, due diligence, monitoramento da prestação de serviço, inclusão de cláusulas específicas nos contratos, revisão dos pagamentos efetuados e a procedimentos específicos sobre conflitos de interesses e recebimento de presentes, não serão suficientes no futuro. “As empresas precisarão estar atentas também a práticas de ESG, direitos humanos, proteção de dados, diversidade, inclusão e equidade”.
Bruno Montfort, coordenador de Disseminação de Cultura de Integridade da Petrobras, comentou que essas exigências vêm dos investidores. “Estamos assistindo à proliferação de green bonds e outros mecanismos financeiros, que demandam da indústria maior preocupação com temas de ESG. Cada vez mais, uma realidade das nossas companhias”, afirmou.
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