Reuters, 06/02/2019
O sinal negativo prevalecia na bolsa paulista nesta quarta-feira, em meio a uma realização de lucros chancelada pelo exterior desfavorável, com bancos entre as maiores pressões de baixa, assim como Vale após força maior para entrega de minério.
Às 11:03, o Ibovespa B3 caía 1,76 por cento, a 96.581,66 pontos. O volume financeiro somava 2,43 bilhões de reais.
A queda ocorre após o Ibovespa acumular alta de 11,86 por cento no ano até a véspera, tento renovado máximas históricas repetidamente. Na segunda-feira, atingiu novo recorde para fechamento, a 98.588,64 pontos.
Na visão de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante, consultoria independente de investimentos, sem gatilhos para impulsionar o mercado, o dia será negativo e de realização para os ativos locais.
Wall Street também sinalizava uma abertura mais fraca, após discurso do presidente Donald Trump não trazer novidades sobre as negociações comerciais com a China, mas adicionar preocupação sobre o risco de nova paralisação do governo norte-americano.
"Esse risco deixa os mercados internacionais com a lanterna amarela acesa", reforçou Bevilacqua, em nota a clientes.
No Brasil, a equipe da Coinvalores avalia que investidores devem ficar atentos ao noticiário político, sobretudo à eleição para a mesa diretora no Senado, e para as articulações que visam o comando das comissões permanentes e mistas no Congresso.
"Ademais, novas sinalizações a respeito da reforma da previdência, certamente, seguem no radar, após o ministro da Casa Civil declarar, ontem, que a proposta será bem diferente da minuta divulgada pela mídia no início da semana", acrescentou.
Também no radar está a decisão de política monetária no país, mais especificamente o comunicado do Banco Central previsto para depois do fechamento da bolsa, em meio a expectativas no mercado de manutenção da taxa Selic em 6,5 por cento.
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