Até o final deste ano, o Governo do Estado do Espírito Santo e o Porto de Roterdã Internacional irão decidir a área onde será construído um novo porto de águas profundas no litoral capixaba. A previsão é de que seja investido US$ 1 bilhão na implantação da infraestrutura do porto e da retroárea, e até US$ 12 bilhões para a instalação das empresas no condomínio do porto.
O governo do estado, no entanto, ainda não indicou uma área para a implantação da obra. "Estamos colocando à disposição dos técnicos holandeses e empresários a possibilidade de escolher de Presidente Kennedy, no extremo sul, até Conceição da Barra, no norte", explica o secretário de Desenvolvimento Márcio Félix Bezerra.
Para que as ações fossem oficializadas, o governo estadual e o Porto de Roterdã Internacional assinaram um memorando de entendimento entre o governador Renato Casagrande e os representantes holandeses, e o diretor do Porto de Roterdã, Roger Clasqui.
Entre os possíveis locais para construção, destacam-se Ponta de Ubu, em Anchieta, e Praia Mole, em Vitória. Além destas, uma área em Vila Velha, localizada na região de Interlagos e Xuri, também está sendo estudada. A área destinada ao projeto, em Ponta da Fruta, tem 50 milhões de metros quadrados para a retroárea e possibilidade de 23 metros de calado para o porto.
O gerente de Projetos Marc Evertse explicou que o projeto que os executivos de Roterdã têm em mente é semelhante ao do Porto de Sohar, construído pelos holandeses em Omã. Naquele país, o porto funciona por meio de parceria entre o governo local e a empresa Porto de Roterdã Internacional. A empresa holandesa tem participação no Porto de Sohar e também no Porto de Suape, em Pernambuco.