Negociação

Hidrelétricas podem ser financiadas pela Eletrobrás

Jornal do Commercio
29/04/2009 07:11
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A Eletrobrás poderá financiar a construção das seis hidrelétricas que o Brasil negocia com o governo peruano. Ontem, depois de uma reunião de mais de três horas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Alan García, em Rio Branco, no Acre, foi assinado apenas um memorando para criação de um grupo de trabalho que analisará a possibilidade de ligação energética entre os dois países. No entanto, Lula garantiu que, no segundo semestre deste ano, em outro encontro com García, já haverá uma proposta concreta para ser assinada.

 


“Nós temos o interesse da nossa Eletrobrás, que é uma empresa segura, com competência tecnológica e financeira, e queremos construir uma parceria com a empresa do Peru, para que a gente possa construir conjuntamente essas hidrelétricas”, disse o presidente, em entrevista depois do encontro.

 


Alan García foi mais direto. Informou que uma das possibilidades - o que parece ser, por enquanto, uma proposta peruana - é que parte das ações da empresa de energia peruana, EletroPeru, seja repassada à Eletrobrás e haja uma integração das duas empresas para construção e administração das novas hidrelétricas.

 


“Naturalmente a potência da Eletrobrás, que gera 100 mil mW, é muito maior que da EletroPeru, que gera 6 mil mW. Mas quando se construir as hidrelétricas o Brasil se beneficiará muito”, defendeu o presidente peruano.

 


As seis hidrelétricas que estão sendo oferecidas pelo Peru ao Brasil poderão gerar até 7.500 megawatts de energia. A maior e mais cara está sendo planejada para o vale do rio Inambari e poderia gerar 2 mil mW. As outras cinco seriam nos rios Sumabeni (1.074mW), Paquitzapango (2 mil mW), Urubamba (940 mW), Vizcatán (750 mW) e Cuquipampa (800 mW). Por enquanto, o Peru não precisa dessa estrutura, mas interessa ao governo vender energia ao Brasil e garantir uma fonte de renda permanente.

 


Sofrendo pressões do governo do Paraguai para rever o contrato da hidrelétrica de Itaipu, o governo brasileiro também parece ter cuidado com os detalhes da proposta peruana, apesar da pressa de Alan Garcia. “Na hora em que quisermos construir a hidrelétrica, no tratado certamente vai constar quando e a quantidade de energia que o Peru vai utilizar”, disse o presidente Lula. “O mais importante é que, quando tivermos as linhas de transmissão, um país poderá suprir o outro no caso de falta de energia.”

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