A Geonavegação, nova empresa do grupo mineiro Georadar, especializado em serviços onshore e offshore de levantamentos geofísicos, receberá aporte de R$ 730 milhões do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para construção de sete embarcações de apoio marítimo para as atividades de petróleo e gás. O projeto terá início ainda em 2012.
As embarcações dos tipos Platform Supply Vessel (PSV) e Anchor Handling Tug Supply (AHTS) serão construídas em estaleiro brasileiro. Elas darão apoio marítimo às plataformas de exploração e produção de operadoras já instaladas no país. Cada navio levará cerca de um ano e meio a dois anos para ser concluído. O prazo pode diminuir caso eles sejam feitos sequencialmente. “O processo vai gerar empregos diretos e indiretos em toda a cadeia de construção naval. A medida também vai fortalecer a frota da empresa”, afirma o diretor responsável pela operação da Geonavegação, Luiz Rala.
Além da Geonavegação, o FMM vai financiar outros 50 empreendimentos da indústria de construção naval nacional. “O apoio é fundamental não só para o crescimento da Geonavegação, como também para reforçar a atual cadeia de fornecedores do segmento de petróleo e gás brasileiro”, destaca o presidente do Conselho e da divisão de Novos Negócios do Grupo Georadar, Celso Magalhães.
A Geonavegação atua no segmento de suprimento e gerenciamento de embarcações e espera fechar janeiro com gerenciamento de cerca de oito navios (próprios e de terceiros). As embarcações apoiam operadoras petrolíferas e outras subsidiárias do grupo - Geodata Serviços Offshore, especializada no fornecimento de serviços de pesquisas, levantamentos e monitoramento ambiental marítimo, e GeoRxT, primeira empresa genuinamente brasileira de aquisição sísmica offshore.
Expansão para o mar
A Georadar Levantamentos Geofísicos, que possui 54% do mercado brasileiro no segmento de sísmica terrestre, iniciou suas atividades marítimas na área ambiental e de engenharia no final de 2010, com a aquisição da subsidiária Geodata e do navio oceanográfico Marechal Rondon, evento que marcou definitivamente sua entrada na cadeia de serviços offshore. De acordo com Celso Magalhães, a intenção é ampliar cada vez mais a atuação da empresa no mar.
Ele salienta que a criação da Geonavegação vem concluir o plano de negócios lançado em 2010, por meio da entrada do fundo Angra Infraestrutura e da companhia de participações Rioforte Investments na constituição societária do grupo. O plano será consolidado neste ano.