<P>O número de empresas exportadoras brasileiras cresceu cerca de 54% nos últimos dez anos, saltando de 13 mil, em 1997, para mais de 20 mil atualmente em todo o País. Os dados fazem parte de um balanço realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) para a ...
DCIO número de empresas exportadoras brasileiras cresceu cerca de 54% nos últimos dez anos, saltando de 13 mil, em 1997, para mais de 20 mil atualmente em todo o País. Os dados fazem parte de um balanço realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) para a próxima edição dos Encontros de Comércio Exterior (Encomex) - criados pelo governo federal para difundir a cultura exportadora nos estados brasileiros. Ao completar 10 anos de atividade, na próxima terça-feira, a 120º edição do Encomex, terá uma edição especial, em São Paulo. O encontro abordará temas atuais da pauta internacional brasileira e um balanço do comércio exterior nos últimos dez anos, mas sem abandonar as pequenas e médias empresas com potencial exportador, que são foco tradicional dos encontros, antecipa Sérgio Nunes, coordenador geral da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic e responsável pelos encontros.
Desde 1997, os Encomex já foram realizados em 75 municípios e reuniram mais de 70 mil participantes. Percorremos todas as capitais e ainda cidades em regiões com potencial para introduzir novas lideranças institucionais na cultura exportadora. Para cada encontro prospectamos setores locais, mas alguns segmentos produtivos são tradicionais, como o de têxtil e confecções, calçados, móveis, mel, flores e plantas ornamentais, avalia Nunes. De acordo com o coordenador da Secex, a idéia do Encomex é ampliar a pauta dos exportadores nacionais, diversificar os destinos e também a gama de produtos. No Brasil existe uma potencialidade pouco explorada e estes encontros têm o papel de descobrir esse potencial.
Nos últimos dez anos, as exportações brasileiras saltaram de US$ 52,994 bilhões (1997) para quase US$ 100 bilhões até a quarta semana de agosto de 2007. Entretanto, a descentralização dos embarques nas diferentes regiões do País continua sendo um desafio para o Mdic. Segundo dados da Secex, as regiões acompanharam o crescimento dos valores exportados, mas a participação na balança não mudou muito. Com exceção do Centro-Oeste, que passou seus embarques de cerca de US$ 1 bilhão para US$ 5 bilhões nesse período, a porcentagem que cada região detém do total exportado atualmente é bem semelhante aos dados de 1997 e indicam uma concentração. A região Sudeste, por exemplo, foi responsável por 56,76% dos US$ 87,333 bilhões exportados de janeiro a julho deste ano, sendo que só o Estado de São Paulo responde por cerca de um terço da pauta nacional.
A meta prevista pelo Mdic é que, até o final deste ano, as exportações cheguem em US$ 155 bilhões. Para Nunes, um desafio do Encomex é mostrar para as empresas as facilidades criadas pelo governo federal e entidades parceiras no comércio exterior. Muitas medidas foram realizadas ao longo desses anos e muitas ainda não são conhecidas pelo pequeno e médio empresário, como o Exporta Fácil, dos Correios, que permite o despacho simplificado para a pequena empresa, sem passar pela burocracia aduaneira, diz. No próximo dia quatro, a edição especial do encontro será realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que deve assinar um convênio com o Banco do Brasil na ocasião.
O ministro Miguel Jorge e o governador de São Paulo, José Serra, participam do evento e estão previstos quatro painéis de temas gerais com autoridades do assunto - um sobre os desafios no mercado mundial, outros sobre as ações da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), sobre o Mercosul e a pauta de negociações internacionais, e ainda sobre o câmbio e suas novas regras. Durante a tarde, os pequenos e médios empresários contarão com dezoito palestras de temas relativos ao processo exportador.
Fonte: DCI
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