África

Grupo chinês aplicará US$ 40 bilhões em biocombustíveis

A Geocapital, empresa de Macau criada para desenvolver negócios nos países de língua portuguesa, vai investir até US$ 40 bilhões na África, nos próximos dez anos, para produzir biocombustível em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

Agência Lusa
09/06/2008 13:31
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A Geocapital, empresa de Macau criada para desenvolver negócios nos países de língua portuguesa, vai investir até US$ 40 bilhões na África, nos próximos dez anos, para produzir biocombustível em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. A informação foi dada à Agência Lusa por um dos administradores da companhia, Ambrose So. A previsão é iniciar a produção dentro de dois ou três anos, e atingir a capacidade máxima - 14 milhões de toneladas anuais - em 10 a 15 anos, disse o executivo.

 

"Todos os planos de estudos de viabilidade e desenvolvimento do produto estão concluídos até a fase final”, declarou Ambose So. O executivo destacou que a área a ser utilizada pelo projeto nos três países totaliza "dezenas de milhares" de quilômetros quadrados. Ambrose So frisou que a produção de biocombustível é "um projeto prioritário para a Geocapital", e que a companhia tem planos de produção e comercialização em todos os países de língua portuguesa, inclusive no Brasil.

 

A empresa de Macau pretende produzir biocombustível na África tendo como matéria-prima o pinhão-manso (jatropha), planta não-comestível comum na África e na América e, segundo alguns especialistas, um dos meios mais confiáveis e de melhor rendimento para a finalidade. A Geocapital nasceu da parceria entre o magnata chinês Stanley Ho, ligado ao setor de cassinos de Macau, e o investidor português Jorge Ferro Ribeiro.

 

Retorno local

 

Em declarações à Agência Lusa, Ferro Ribeiro explicou que os estudos que antecedem o investimento na África prevêem a criação de "projetos integrados, contemplando a existência de uma cadeia industrial em cada um dos países, abastecida em matéria-prima por produção agrícola local".

 

Além da produção garantida pela própria Geocapital, a empresa também se valerá de agricultores independentes, que terão acesso a apoio financeiro, assistência técnica e tecnológica, para assegurar um melhor aproveitamento das terras, disse Ferro Ribeiro.

 

Além de assegurar que "nenhuma das terras ligadas ao projeto interfere na produção agrícola tradicional", o empreendedor defendeu que os projetos vão contribuir para o “aumento e a melhoria da qualidade de outras produções agrícolas para fins alimentares, através da ampliação do quadro de apoio financeiro, técnico e tecnológico a agricultores locais e a associações de agricultores independentes”.

 

Para Ferro Ribeiro, a fixação da empresa nos países lusófonos terá como principais beneficiários as respectivas economias e as populações locais. "Quer pelos impactos econômicos, quer pelos milhares de empregos diretos e indiretos gerados, os projetos serão uma importante contribuição para a melhoria da qualidade de vida nesses países", afirmou o empresário luso.

 

Ferro Ribeiro destacou ainda que o projeto é importante na redução das emissões de carbono, o que será uma significativa ajuda para o esforço internacional de reequilíbrio e sustentabilidade ambiental. "Com estes projetos, a Geocapital avança na realização do seu propósito estratégico de atuar como instrumento empresarial na multiplicação das relações de cooperação econômica entre a China e os países de língua portuguesa, baseada na singularidade histórica e especial vocação de Macau para ser a plataforma de ligação entre o espaço econômico da lusofonia e a China”, concluiu.

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