A greve dos auditores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) continua comprometendo as operações no Porto de Santos. Desta vez, o problema é a falta da inspeção sanitária, que certifica as embarcações que chegam, saem ou permanecem no complexo. A paralisação começou no último dia 16 e causa reflexos em todos os portos do país.
De acordo com o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), José Roque, a ausência do certificado sanitário impede a atracação de navios. O documento tem validade de seis meses, mas precisa ser renovado antes do final do prazo.
A extensão da certificação é de 30 dias, período insuficiente para viagens longas, como travessias até o Oriente, que levam, em média, 40 dias. “Temos apenas dois servidores na ativa aqui em Santos. Seria um crime colocar a responsabilidade nas costas de quem está trabalhando e absorvendo um volume imenso de serviço”, afirma o diretor-executivo do Sindamar.
Roque explica que os dois funcionários são responsáveis por todos os procedimentos, inclusive a liberação da Livre Prática - a autorização para atracação dos navios.
Em nota, a Anvisa informa que o ritmo do atendimento foi afetado, mas o trabalho não deixou de ser feito em momento algum.