Energia Eólica

Governo quer repetir trajetória dos parques eólicos

Hoje estão em operação 205 parques.

Valor Online
07/10/2014 13:05
Visualizações: 952

 

O leilão que contratará uma parcela de energia exclusiva de projetos de geração solar faz parte do objetivo do governo de tentar repetir com a fonte a trajetória bem-sucedida obtida com a eólica. Até 2009, quando foi realizado o primeiro leilão específico para contratação de energia eólica, a fonte tinha apenas 600 quilowatts (kW) instalados no país. Hoje estão em operação 205 parques, com um total de 5,1 mil MW instalados, além de 12 fabricantes, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
Para estimular a criação de uma indústria local de equipamentos de energia solar e a vinda de fabricantes para o país, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estabeleceu condições especiais de financiamento para o setor, que já serão aplicadas para o leilão.
"É muito similar [a trajetória da energia solar com a da eólica]. Na verdade, é mais fácil ter uma cadeia de fabricação de painéis solares, porque são muito menos itens do que o de um aerogerador. A energia solar é muito mais simples. Ela pode se desenvolver mais rapidamente", afirmou o chefe do Departamento de Energias Alternativas do BNDES, Antonio Tovar.
O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro, também acredita que a energia solar terá uma trajetória "análoga" à eólica, em termos de redução do custo. "O desafio será criar a indústria frente à competição chinesa", avaliou o especialista.
Nos últimos anos, a indústria chinesa de painéis fotovoltaicos derrubou fabricantes alemães, espanhóis e norte-americanos. No mercado chinês, que instala 7,5 gigawatts (GW) de painéis anualmente, apenas as empresas nacionais podem participar. Dessa forma, com o ganho de escala e produtividade obtidos, as chinesas reduziram drasticamente os preços de seus painéis, ganhando competitividade em relação aos demais concorrentes mundiais.
Segundo o diretor de engenharia da Eletrosul, uma das principais investidoras em energia eólica no país, Ronaldo Custódio, a estratégia do BNDES e a realização de um leilão com contratação exclusiva de energia solar é positiva. "Sou muito simpático a ter uma política industrial aliada à abertura do mercado", disse o executivo.
A Eletrosul fará um leilão em 30 de outubro para vender energia proveniente da usina solar, de 1 megawatt-pico (MWp), instalada no teto do edifício sede da companhia, em Florianópolis.
Apesar de ser otimista em relação ao leilão de reserva, de 31 de outubro, Frank Neumann, responsável pela área de vendas para novos mercados da fabricante alemã de inversores SMA Solar Technology, avalia que a licitação apenas não será capaz de desenvolver uma indústria no Brasil. "Ainda há muita burocracia", diz.
Neumann critica as especificações feitas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para os inversores, que encarecem o produto, além da existência de um imposto de importação para equipamentos de energia solar. Em 2013, a SMA faturou globalmente cerca de US$ 1,5 bilhão.
Em setembro, a SMA integrou uma missão de oito empresas alemães ao Brasil para negociar com possíveis participantes do leilão. Segundo Philipp Hahn, gerente geral adjunto da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a comitiva contou com fabricantes, epecistas, fornecedores de sistemas de aquecimento de água por energia solar e um instituto de pesquisa.
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2023, feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a energia solar deve alcançar 3.500 MW de capacidade instalada o Brasil nos próximos dez anos.

O leilão que contratará uma parcela de energia exclusiva de projetos de geração solar faz parte do objetivo do governo de tentar repetir com a fonte a trajetória bem-sucedida obtida com a eólica.

Até 2009, quando foi realizado o primeiro leilão específico para contratação de energia eólica, a fonte tinha apenas 600 quilowatts (kW) instalados no país.

Hoje estão em operação 205 parques, com um total de 5,1 mil MW instalados, além de 12 fabricantes, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).

Para estimular a criação de uma indústria local de equipamentos de energia solar e a vinda de fabricantes para o país, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estabeleceu condições especiais de financiamento para o setor, que já serão aplicadas para o leilão.

"É muito similar [a trajetória da energia solar com a da eólica]. Na verdade, é mais fácil ter uma cadeia de fabricação de painéis solares, porque são muito menos itens do que o de um aerogerador.

A energia solar é muito mais simples. Ela pode se desenvolver mais rapidamente", afirmou o chefe do Departamento de Energias Alternativas do BNDES, Antonio Tovar.

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da UFRJ, Nivalde de Castro, também acredita que a energia solar terá uma trajetória "análoga" à eólica, em termos de redução do custo. "O desafio será criar a indústria frente à competição chinesa", avaliou o especialista.

Nos últimos anos, a indústria chinesa de painéis fotovoltaicos derrubou fabricantes alemães, espanhóis e norte-americanos. No mercado chinês, que instala 7,5 gigawatts (GW) de painéis anualmente, apenas as empresas nacionais podem participar.

Dessa forma, com o ganho de escala e produtividade obtidos, as chinesas reduziram drasticamente os preços de seus painéis, ganhando competitividade em relação aos demais concorrentes mundiais.

Segundo o diretor de engenharia da Eletrosul, uma das principais investidoras em energia eólica no país, Ronaldo Custódio, a estratégia do BNDES e a realização de um leilão com contratação exclusiva de energia solar é positiva. "Sou muito simpático a ter uma política industrial aliada à abertura do mercado", disse o executivo.

A Eletrosul fará um leilão em 30 de outubro para vender energia proveniente da usina solar, de 1 megawatt-pico (MWp), instalada no teto do edifício sede da companhia, em Florianópolis.

Apesar de ser otimista em relação ao leilão de reserva, de 31 de outubro, Frank Neumann, responsável pela área de vendas para novos mercados da fabricante alemã de inversores SMA Solar Technology, avalia que a licitação apenas não será capaz de desenvolver uma indústria no Brasil. "Ainda há muita burocracia", diz.

Neumann critica as especificações feitas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para os inversores, que encarecem o produto, além da existência de um imposto de importação para equipamentos de energia solar. Em 2013, a SMA faturou globalmente cerca de US$ 1,5 bilhão.

Em setembro, a SMA integrou uma missão de oito empresas alemães ao Brasil para negociar com possíveis participantes do leilão.

Segundo Philipp Hahn, gerente geral adjunto da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a comitiva contou com fabricantes, epecistas, fornecedores de sistemas de aquecimento de água por energia solar e um instituto de pesquisa.

De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2023, feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a energia solar deve alcançar 3.500 MW de capacidade instalada o Brasil nos próximos dez anos.

 

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