Diário do Nordeste
O governo está preocupado com a execução do programa de investimentos da Vale, especialmente os projetos na área siderúrgica, disse ontem o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Ele, no entanto, desconversou sobre um aumento da pressão do governo, por meio do BNDES e da Previ, na tomada de decisões da companhia.
Coutinho ressaltou que a Vale vem realizando os investimentos planejados, mas que há uma atenção maior do governo em relação à execução dos projetos siderúrgicos nos quais a mineradora tem participação.
“Há interesse que o Brasil industrialize a cadeia mineral para frente. Os projetos siderúrgicos sempre foram de interesse prioritário para o governo federal”, afirmou Coutinho. Diante da crise econômica e da menor demanda mundial por aço, empresas estrangeiras que manifestaram interesse em se associar à mineradora em projetos siderúrgicos colocaram o pé no freio e desistiram desses planos. Foi o caso da chinesa Baosteel, que tinha manifestado intenção em fazer parceria com a Vale no Espírito Santo. Preocupado, o governo estaria pressionando, no Conselho de Administração da Vale, pela manutenção dos projetos. A Vale é controlada pela Valepar, que detém 53,9% do capital da mineradora.
A Valepar é composta pela Bradespar , Previ , BNDESPar e a japonesa Mitsui. No fim do mês passado, a mineradora anunciou aumento de participação na CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), que está sendo construída no Rio, para 26,87%. O presidente do BNDES lembrou que a decisão da Vale em ampliar sua participação nos projetos siderúrgicos em curso no país é “uma demonstração de compromisso da empresa com os projetos”. A Assessoria de Imprensa da Vale não quis comentar a intenção da empresa de se manter no projeto da Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP).
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