Golfo do México

Governo permitiu que BP utilizasse produtos tóxicos em vazamento

A Guarda Costeira dos Estados Unidos permitiu que a empresa BP utilizasse químicos tóxicos em excesso para dispersar o petróleo no Golfo do México, apesar de uma diretriz federal que restringia ao máximo o uso, segundo relatório do Congresso divulgado neste domingo (1º) pela imprensa american

Redação/ Agências
02/08/2010 12:07
Visualizações: 341 (0) (0) (0) (0)
A Guarda Costeira dos Estados Unidos permitiu que a empresa BP utilizasse químicos tóxicos em excesso para dispersar o petróleo no Golfo do México, apesar de uma diretriz federal que restringia ao máximo o uso, segundo relatório do Congresso divulgado neste domingo (1º) pela imprensa americana.


O uso de substâncias químicas tóxicas para separar o petróleo na superfície das águas não é uma novidade, pois já em maio a imprensa denunciou essa prática, mas o que consta agora é que a Guarda Costeira permitiu a utilização, ignorando uma normativa que autoriza seu uso somente em "casos raros".


O documento, publicado neste domingo pelo jornal The Washington Post, foi elaborado pela Subcomissão de Energia e Meio Ambiente da Câmara de Representantes, que revisou documentos da BP e do governo dos Estados Unidos.


Os investigadores do Congresso concluíram que as exceções autorizadas pela Guarda Costeira "não eram limitadas", disse o representante democrata do Estado americano de Massachusetts Edward Markey, que preside a subcomissão, em carta dirigida ao almirante aposentado da Guarda Costeira Thad Allen, que supervisiona e coordena a resposta do governo ao vazamento.


O relatório revela que a Guarda Costeira autorizou em 74 ocasiões os pedidos da BP para usar químicos tóxicos na superfície, e também sob a água na proximidade do poço que deixa vazar petróleo desde o último dia 20 de abril, quando explodiu a plataforma de prospecção.


De fato, as exceções foram emitidas durante 54 dias, e depois que a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), restringiu em 26 de maio o uso dos químicos, acrescenta o Congresso na investigação.


A EPA, com a Guarda Costeira, tomou então a decisão de pedir à BP que deixasse de aplicar os químicos na superfície, mas a normativa também estabelecia que a companhia petrolífera podia solicitar uma exceção se outros esforços fracassassem.


No entanto, a Guarda Costeira aprovou todas as solicitações da BP ou de comandantes locais destinados em Houma (no Estado da Louisiana), embora em alguns casos ordenou reduzir a quantidade dos químicos que a companhia petrolífera podia utilizar.


Em outras ocasiões, a BP utilizou, no entanto, mais produtos que os permitidos pelas exceções aprovadas, segundo a rede de TV CNN.

Em sua carta, Markey afirmou que as permissões foram usadas "praticamente todos os dias desde que a diretriz foi emitida".

Frequentemente foram utilizados 23 mil litros por dia para dispersar o petróleo, mas também houve dias com 38 mil litros e até 136 mil, segundo o relatório.

O documento questiona agora a quantidade de produtos químicos utilizada pela BP no Golfo do México. A empresa afirma que utilizou quase 7 milhões de litros.


A Guarda Costeira defendeu sua decisão de autorizar exceções à BP, e a EPA explicou que o uso dos químicos diminuiu em 72% em comparação com o período no qual mais foram aplicados.


Em maio, quando a imprensa e a sociedade americana começaram a denunciar o uso desses líquidos tóxicos, a BP disse que se tratavam de produtos aprovados pela EPA, e afirmou que eram os "mais utilizados na indústria".


Allen disse ao The Washington Post que, em algumas ocasiões, a enorme quantidade de petróleo na superfície justificou uma decisão tática por parte os comandantes da Guarda Costeira destinados na área para recorrer aos químicos.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Energia Solar
Thopen capta R$ 293 milhões com XP e Kinea e acelera exp...
10/07/25
Exportação
Firjan manifesta grande preocupação com o anúncio de tar...
10/07/25
Debate
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
09/07/25
Macaé Energy
Com mais de dois mil participantes, 2ª edição do Macaé E...
09/07/25
Combustíveis
Vibra amplia presença da gasolina Petrobras Podium e ava...
09/07/25
Biocombustíveis
Brasil: protagonista da transição do transporte internac...
08/07/25
Evento
Nova Era Connections 2025 celebra os 20 anos da Nova Era...
08/07/25
Sustentabilidade
Foresea conquista Selo Social e apresenta resultados exp...
08/07/25
Meio Ambiente
Tecnologia da Unicamp viabiliza produção sustentável de ...
08/07/25
Premiação
Gasmar conquista prêmio nacional com projeto desenvolvid...
08/07/25
Pré-Sal
FPSO Guanabara MV31 lidera produção nacional de petróleo...
08/07/25
Gás Natural
Petrobras vai escoar mais gás do pré-sal para baixar pre...
07/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Petrobras aposta no Sergipe Oil & Gas e será a patrocina...
07/07/25
Indústria Naval
Estaleiros brasileiros e chineses assinam documento para...
07/07/25
Etanol
Anidro sobe 0,11% e hidratado recua 0,17% na semana
07/07/25
Porto de Santos
Ageo Terminais conclui captação de R$ 154 milhões em deb...
07/07/25
Logística
Durante o Macaé Energy, Líder Aviação destaca experiênci...
07/07/25
Gás Natural
SCGÁS divulga novos projetos aprovados por meio de leis ...
04/07/25
Rio Grande do Sul
Sulgás defende mobilização de deputados gaúchos para ass...
04/07/25
Biodiesel
ANP recebe doação de equipamentos para detectar teor de ...
04/07/25
Meio Ambiente
Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricid...
04/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.